
Em reunião realizada no fim do ano passado, muitos cidadãos demonstraram preocupação com a possibilidade de contaminação da praia que fica próxima ao local da obra onde serão construídas 515 casas e previsão de cerca de dois mil habitantes. O técnico responsável pela obra, no entanto, esclareceu que o canal previsto para desaguar naquela área é destinado apenas à drenagem das águas da chuva, não produzindo nenhum tipo de poluição, enquanto o esgoto receberá tratamento em estação própria para, posteriormente, ser despejado em córrego que desemboca no rio Paraguai.
Embora o projeto tenha sido aprovado pelos órgãos ambientais, o Ministério Público Federal entendeu necessária a avaliação do projeto por um perito em Engenharia Sanitária da instituição, a fim de comprovar a inexistência de potencial poluidor do empreendimento, especialmente diante da importância do Rio Paraguai, destino final do esgoto tratado.
O laudo pericial recomendou a adoção de uma medida alternativa para desinfecção da água que não provoque formação de subprodutos e, posteriormente, seja realizada o monitoramento dos efluentes da Estação de Tratamento.
A empresa responsável pela obra tem prazo de dez dias para comunicar ao MPF, o novo cronograma de adequação do projeto de acordo com as orientações dadas pela perícia, para que seja avaliada a necessidade de adoção de outras medidas que impeçam a poluição do rio Paraguai.


