O Ministério Público Estadual (MPE) manteve o posicionamento de arquivar o inquérito policial que apurava as circunstâncias da morte da estudante Eiko Nayara Uemura, ocorrida no dia 29 de abril de 2009, no “Portão do Inferno”, em Chapada dos Guimarães. Em entrevista coletiva, agora há pouco, o procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra de Carvalho, afirmou que as provas apontam que a jovem morreu em virtude da queda no precipício.
No entanto, a possibilidade de homicídio ainda não está totalmente descartada. Porém, nenhum fato novo e relevante foi mostrado durante o período investigatório que pudesse mudar os rumos do inquérito policial sobre a possibilidade da jovem ter sido assassinada. O fato ficará arquivado, mas caso apareçam novas provas, ele poderá ser novamente aberto, a qualquer momento, como prevê o Código de Processo Penal brasileiro.
Conforme Só Notícias já informou, o Ministério Público pediu o arquivamento do caso em janeiro deste ano e se baseou nas provas testemunhais e em três laudos técnicos: necroscópico, perinecroscópico e grafotécnico. Segundo consta no laudo necroscópico, confeccionado horas após a morte de Eiko, que a causa foi uma fratura da coluna cervical, não havendo registro de sinais de espancamento, como havia sido denunciado.
Ela também teria escrito dois bilhetes de despedida, encontrados em seus livros de Direito, no interior de seu veículo, que foram ratificados pelo laudo grafotécnico. Havia a suspeita de que a estudante teria sido morta. Ela teve um relacionamento amoroso com um advogado que era casado. Ele chegou a ser investigado, mas nada foi encontrado que pudesse incriminá-lo.