O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pediu a condenação do ex-vereador por Cuiabá tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) quanto à inserção de dados falsos no sistema da polícia sobre arma utilizada em 7 homicídios.
A solicitação foi feita pela promotora de Justiça Daniele Crema da Rocha de Souza durante julgamento dos envolvidos na Operação Coverage na tarde desta sexta-feira, informou o portal Gazeta Digital.
À Justiça, a promotora requereu a condenação de Paccola e do segundo tenente Cleber de Souza Ferreira por falsidade ideológica. Além disso, também pediu a condenação do ex-vereador e do terceiro sargento Berison Costa e Silva por inserção de dados falsos no sistema da Polícia Militar.
A promotora solicitou ainda que os demais réus sejam absolvidos das acusações de tentativa de embaraço das investigações e suposta integração de organização criminosa por conta da falta de provas.
A Operação Coverage foi deflagrada em agosto de 2019 e investigou a alteração no registro de uma arma de fogo usada em 7 homicídios por encomenda.
Os crimes foram apurados na Operação Mercenários, que mirou uma organização criminosa composta por 6 policiais militares, 6 vigilantes, dois informantes, dois homens identificados como mandantes e um apontado como intermediário entre o grupo e os contratantes.
Paccola foi acusado de fraudar o sistema da Polícia Militar para alterar o registro da arma utilizada nos homicídios ocorridos em Cuiabá e Várzea Grande. Também foram denunciados o segundo tenente Cleber de Souza Ferreira, tenente Thiago Satiro Albino, tenente-coronel Sada Ribeiro Ferreira e o terceiro-sargento Berison Costa e Silva.
O julgamento ocorreria em abril, porém a defesa pediu adiamento, que foi marcado primeiro para o dia 3 de novembro. Depois, um novo adiamento foi definido. Com a última decisão o julgamento foi adiado pela terceira vez.