A promotoria de Justiça de Vera requereu o afastamento cautelar do soldado da Polícia Militar, Edmilson Alves Carvalho indiciado por participação no assalto da agência dos Correios de Feliz Natal (130 quilômetros de Sinop), na última segunda-feira. De acordo com dados do Ministério Publico, o pedido consta em ação civil pública proposta hoje.
O promotor de Justiça Willian Oguido Ogama pediu que o afastamento seja oficiado à Polícia Militar de até o julgamento final da ação por improbidade administrativa. Por fim, o Ministério Público pede a condenação de Edmilson à perda da função pública e ao pagamento de R$ 20 mil a título de dano moral coletivo, bem como a outras sanções previstas em lei.
Consta na ação que, após a realização de diligências, policiais militares localizaram um dos autores do roubo, que confessou ter participado do crime em conjunto com o policial militar. Ele disse que foi intimidado em razão de não possuir condições de saldar uma dívida de R$ 7,5 mil, que possuía com Edmilson.
O suspeito relatou ainda que ele e o militar foram até a agência dos Correios em uma motocicleta, com arma de fogo em punho, colocando todos os funcionários e clientes deitados no chão, usando muita violência e agressividade. Após a subtração de dinheiro e aparelhos telefônicos, retornaram à residência dele, tendo o policial militar dito que voltaria para fazer a divisão do dinheiro.
Em seguida, policiais militares se deslocaram até a residência do requerido, mas ele não foi localizado. Posteriormente, o policial compareceu na unidade Polícia Militar em Feliz Natal, quando foi preso em flagrante com uma das folhas de cheque no valor de R$ 2,5 mil.
Ao ser interrogado, o soldado declarou que a última vez que havia falado com o comparsa havia sido um dia antes do crime. Contudo, conforme despacho elaborado pelo delegado de Polícia Federal, “em consulta ao celular apreendido com o suspeito, devidamente autorizado, constam ligações e mensagens apagadas entre este e o militar, inclusive nos períodos próximos à ocorrência do crime, corroborando a versão do comparsa, que imputa a participação do militar”.
Na última terça-feira, o PM passou por audiência de custódia, na qual foi homologado o auto de prisão em flagrante e concedida liberdade provisória mediante o pagamento de fiança pelo policial.
Conforme Só Notícias já informou, o comandante do 11° Batalhão em Sinop e tenente-coronel da Polícia Militar, Pedro Miguel de Sousa confirmou que o policial está lotado no município de Vera e foram recuperados de ao menos R$ 32 mil que foram levados da agência.
