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Morre o Papa Emérito Bento 16

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Só Notícias (fotos: L'Osservatore Romano)

O papa emérito, Bento 16, morreu neste sábado de manhã, em Roma, aos 95 anos.  “Com pesar informo que o Papa Emérito Bento XVI faleceu hoje às 9h34 (horário Italiano), no Mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano. Assim que possível, serão enviadas novas informações”, informou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.

O Vatican News informa que, desde quarta-feira passada, quando o Papa Francisco afirmou que seu predecessor estava muito doente, fiéis do mundo inteiro se uniram em oração pela saúde do Papa emérito.

Bento XVI  vivia no Mosteiro Mater Ecclesiae desde sua renúncia ao ministério petrino, em 2013. O corpo do Papa emérito estará na Basílica de São Pedro para a saudação dos fiéis a partir da segunda-feira, 2 de janeiro.

O ex-porta-voz de Bento 16, o padre jesuíta Federico Lombardi, disse que, “enfim, o momento do encontro com o Senhor chegou. Não se pode certamente dizer que foi inesperado e que o nosso grande ancião tenha chegado desprevenido. Se o seu predecessor nos havia dado um testemunho precioso e inesquecível de como viver na fé uma doença progressiva dolorosa até a morte, Bento XVI nos deu um belo testemunho de como viver na fé a fragilidade crescente da velhice por muitos anos até a morte. O fato de haver renunciado ao papado a tempo oportuno lhe deu a permissão – e a nós com ele – de percorrer este caminho com grande serenidade”.

Lombardi disse que o papa emérito “teve o dom de completar o seu caminho conservando uma mente lúcida, aproximando-se com esperança, plenamente consciente, a essas “realidades últimas” sobre as quais teve como poucos a coragem de pensar e falar, graças à fé recebida e vivida. Seja como teólogo ou seja como Papa ele nos falou de maneira profunda, crível e convincente. As suas páginas e as suas palavras sobre escatologia, a sua encíclica sobre esperança permanecem como um presente para a Igreja sobre a qual a sua oração silenciosa pôs o selo nos longos anos de retiro “sobre o monte”.

Frederido Lombardi também lembra que, “dentre as muitíssimas coisas que podem ser recordadas do seu pontificado, aquela que honestamente me pareceu e continua a se revelar como a mais extraordinária para mim foi que precisamente naqueles anos conseguiu escrever e completar a sua trilogia sobre Jesus. Como poderia um Papa, com as responsabilidades e as preocupações da Igreja universal, que efetivamente carregava sobre os ombros, ser capaz de escrever uma obra como aquela? Certamente era o resultado de uma vida de reflexão e de pesquisa. Mas indubitavelmente a paixão interior, a motivação, deveriam ser formidáveis. As suas páginas vinham da caneta de um estudioso, mas ao mesmo tempo de um crente que havia empenhado a sua vida na busca de um encontro com o rosto de Jesus e que via neste encontro ao mesmo tempo a realização da sua vocação e do seu serviço aos outros”.

“Neste sentido, por mais que eu entenda bem porque ele havia esclarecido que aquela obra não deveria ser considerada “magistério pontifício”, continuo a pensar que essa seja parte essencial do seu testemunho de serviço como papa, isto é, como fiel que reconhece em Jesus o Filho de Deus, e em cuja fé se pode continuar a apoiar também a nossa. Dessa forma não posso considerar casual o fato de que o tempo da decisão da renúncia ao papado, no verão de 2012, coincida com aquele da conclusão da trilogia sobre Jesus. Tempo de cumprimento de uma missão centrada sobre a fé em Jesus Cristo”.

Em instantes mais detalhes

 

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