Fotógrafo mineiro de renome internacional, Sebastião Salgado, morreu, hoje, aos 81 anos, em Paris, de causa não divulgada. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização não governamental para desenvolvimento rural sustentável, fundada por ele e sua esposa, Lélia Wanick. Salgado fotografou em várias ocasiões paisagens de Mato Grosso durante sua trajetória profissional.
“Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo”, “semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”, diz o comunicado.
O estilo de Sebastião Salgado foi caracterizado por uma abordagem humanista e documental, com ênfase na captura de momentos que destacam a beleza da humanidade e da natureza, como quando visitou o Alto Xingu, no nordeste do Estado, onde fotografou indígenas da aldeia Waurá pescando na lagoa Piyulaga, em 2005. As imagens fizeram parte do seu projeto Gênesis, uma jornada fotográfica que durou oito anos, onde Salgado percorreu 32 regiões extremas do planeta, captando imagens impactantes da natureza e da relação do homem com o meio ambiente.
Frequentemente fotografava em preto-e-branco, até mesmo em locais conhecidos pela diversidade exuberante de cores como o Pantanal e a Amazônia. Suas fotografias são conhecidas por sua composição clássica, iluminação dramática e atenção aos detalhes, criando imagens impactantes que refletiram sobre questões sociais, ambientais e culturais no tempo em que viveu sobre a Terra. Das fotos na planície alagada, que também fez parte do projeto Gênesis, ele criou uma exposição, em colaboração com o fotógrafo Araquém Alcântara, lançada em 2020, com imagens de áreas afetadas por incêndios. Em outras diversas ocasiões de sua carreira, voltou ao Pantanal, onde fotografou também a fauna, rios, aldeias indígenas e a vida dos ribeirinhos.
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