O Santuário de Elefantes do Brasil, localizado em Chapada dos Guimarães, confirmou, há pouco, que a elefanta africana Kenya, de 44 anos, morreu hoje, no santuário onde vivia, após passar por dias de cuidados intensivos após diagnósticos de problema respiratório e dores nas articulações. A morte foi confirmada pela equipe responsável, que acompanhava o animal de forma contínua nas últimas noites.
Segundo os cuidadores, Kenya havia passado vários dias sem conseguir se deitar, sinal de extremo cansaço. Na noite anterior à morte, ela finalmente conseguiu deitar e apresentou respiração mais tranquila, permanecendo em repouso até a manhã seguinte. A equipe relatou que o animal morreu de forma rápida e serena, sob vigilância constante de tratadores. “Nesta manhã, seus olhos estavam um pouco mais abertos, mas permanecia calma. A tratadora Michele e Scott estiveram com ela durante toda a noite, em vigília, oferecendo presença e cuidado, mas também espaço, para que ela pudesse descansar sabendo que eles estavam ali. Em determinado momento, sua respiração mudou e ela soltou um suave trombetear de filhote enquanto partia de forma rápida e tranquila”, descreveu em nota a equipe.
A instituição informou que está em contato com uma universidade para a realização de necropsia, procedimento que deve ocorrer ainda nesta terça-feira. Os resultados devem levar alguns meses para serem concluídos e serão divulgados posteriormente. O local onde Kenya será sepultada está sendo preparado próximo ao espaço onde vivia Puppy, outra elefanta africana que morreu recentemente.
“Kenya tocou milhares de corações simplesmente sendo quem era. Lembramos de seus primeiros dias e de como parecia maior do que o espaço físico ao seu redor; sua personalidade era imensa, maior do que a própria vida. Ela reunia tantas coisas ao mesmo tempo: curiosidade infantil, insegurança, alegria, amor e uma profunda paixão por explorar. Mesmo após décadas vivendo sozinha, Kenya foi capaz de perceber as necessidades de outra elefanta, estendendo-se a Pupy com atenção e sensibilidade. O vínculo entre elas levou tempo para se construir, e isso foi parte do que o tornou tão forte e significativo”, escreveu o santuário em nota.
Kenya foi a segunda elefanta a viver no santuário após passar boa parte da vida sozinha na Argentina. Ela percorreu mais de 2 mil km para chegar ao novo lar, em julho deste ano.
O santuário conta agora com cinco elefantas asiáticas: Bambi, Mara, Raia, Maia e Guilhermina. Todas são elefantas asiáticas que foram resgatadas após décadas de suas vidas trabalhando em circos e zoológicos. O santuário, fundado em 2016, é uma organização sem fins lucrativos que resgata elefantes cativos e em situação de risco. É o único santuário destes animais da América Latina e fica em uma área de 1,2 mil hectares em Chapada dos Guimarães.
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