Um número considerável de sinopenses começou a formar filas para conseguir abastecer seus veículos, esta manhã. Em um dos postos, na avenida dos Ingás, no Jardim das Palmeiras, a fila se estende por vários quarteirões. Outro com uma enorme concentração de carros está entre as avenidas André Maggi e Bruno Martini, no residencial Village. Na área central, também tem longa fila próximo a um posto. No entanto, ainda não há confirmação se esses postos vão receber gasolina, etanol e diesel.
Um dos organizadores do bloqueio em Sinop, acaba de confirmar, ao Só Notícias, que as 10 carretas carregadas com combustível foram liberadas, há pouco, conforme acordo feito com a prefeita e entidades, ontem à noite, no local onde estão concentrados, na BR-163/Alto da Glória.
"Até agora (09:30hs) não recebemos nada. Não foi feita uma previsão de horário de chegada e ainda não sabemos que horas chegará aqui. Dependendo da quantidade liberada, é provável que será fornecida uma determinada quantidade de litros para cada cliente. Também tem gente com carro e moto em casa, parados, que vai vir buscar com lagões. Mas para definir isso (quantos litros por cliente) é preciso primeiro o combustível chegar nos postos", disse um empresário, ao Só Notícas. Ele acrescentou que é difícil prever quando o fornecimento será normalizado. "Só a partir da liberação total nas rodovias".
Ontem à noite, um representante dos caminhoneiros que mantém bloqueio confirmou a liberação de 10 cargas de combustíveis para Sinop, mas não foi informada para quais postos serão levadas. “Após reunião com a prefeita, conversei com os caminhoneiros e decidimos fazer essa liberação para contemplar a comunidade que tem nos apoiado”, declarou.
A prefeita Rosana Martinelli ressaltou o bom senso dos manifestantes em atender o pedido e liberar as carretas carregadas com combustível para atender os órgãos municipais e também a população.
Conforme Só Notícias já informou, ontem de manhã, a prefeita e representantes da Unesin estiveram reunidos com representantes dos manifestantes e fez o pedido para que liberassem as carretas de combustível para garantir 'o mínimo' dos serviços essenciais para a população. Caso o pedido não fosse atendido, a prefeitura poderia pedir para o comitê de crise do governo estadual a destinação de escolta da PRF e Exército visando garantir o transporte emergencial das carretas e caminhões com gasolina, etanol, diesel e gás de cozinha que estão parados nos bloqueios, em Sinop.
Na reunião, na CDL, foi reforçado que as entidades estão apoiando o manifesto dos caminhoneiros, desde os primeiros dias, e a prefeitura também emitiu, anteriormente, nota de apoio. Foi exposto ainda que 95% dos postos de Sinop estão sem combustível. A frota da prefeitura está parada. Só serviços essenciais estão sendo feitos.
De acordo com a prefeitura, a situação é critica e empresas que prestam serviços de saúde para a UPA estariam com dificuldades para continuar os atendimentos na área de exames, por exemplo. Ontem, chegou uma carga para atender ambulâncias e viaturas policiais.
Algumas empresas -boa parte delas prestadores de serviços- já estão com suas atividades paralisadas devido à falta de combustível. Um grande número de moradores está sem gasolina e etanol em motos e veículos. Algumas linhas de ônibus que fazem transporte dos bairros ao centro foram reduzidas.
O manifesto dos caminhoneiros continua na BR-163 em Sinop, no Alto da Glória. Cargas vivas, medicamentos, produtos hospitalares e ração para animais estão passando.
(Atualizada às 11:40h)