Um menino de 11 anos que fugiu de casa em Cuiabá e acabou localizado no Aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica), em Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo a polícia, V.S.S decidiu que fugiria da cidade após brigar com colegas na saída da escola, no último dia 18 de outubro. Ele pegou dois ônibus e foi parar no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, de onde embarcou para Guarulhos, sem que fosse percebido.
De acordo com o delegado Marcio Antonio Cambahuba, da Delegacia Especializada de Defesa dos Diretos da Criança e do Adolescente, o menino falou com o pai pouco antes de fugir. Preocupado com a demora do filho no retorno da escola, o pai pediu para que ele fosse encontrá-lo em uma igreja. De acordo com o delegado, a família havia negado, recentemente, um pedido do menino para mudar de bairro.
O menino entrou em dois ônibus pela porta dos fundos, sem pagar, e desembarcou no aeroporto de Várzea Grande. Lá, ele ficou sentado em frente à área de embarque, observando o movimento, conforme informações do inquérito policial. O menino teria, então, aproveitado o descuido de um dos funcionários que controlava a porta do setor e entrado no local.
Ao misturar-se com passageiros, ele conseguiu embarcar, sem documentos, em um vôo da Gol, que ia para Guarulhos. A decolagem ocorreu por volta das 20h. No aeroporto de São Paulo, funcionários estranharam o fato de a criança estar sozinha e acionaram a segurança. A equipe levou o menino a uma sala, mas ele não quis dizer seu nome. Os funcionários descobriram que ele era de Cuiabá quando o menino disse em que escola estudava.
O garoto passou a noite no aeroporto e só foi identificado pela manhã, quando os funcionários do aeroporto entraram em contato com a polícia de Mato Grosso. A mãe da criança havia registrado o desaparecimento na polícia no início da manhã.
O pai foi até o aeroporto de Guarulhos buscar o menino e voltou com ele para Cuiabá de ônibus. A viagem leva, geralmente, entre 24 e 28 horas. A polícia instaurou um inquérito policial para investigar as responsabilidades sobre o caso.
Procurados pelo Terra, a Infraero e a Gol informaram que ainda não têm uma posição sobre o caso.