O atendimento no Pronto-Socorro Municipal de Saúde foi realizado ontem com a participação de 60% dos médicos que atuam na instituição de saúde, conforme determinação judicial que concedeu liminar a Prefeitura na noite de domingo. Porém, o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT) vai recorrer da decisão assinada pelo juiz Marco Aurélio Reis. Ontem, o prefeito Wilson Santos esteve mais uma vez reunido com a categoria para discutir os 14 itens exigidos para que os médicos encerrem a greve.
Para o presidente do Sindicato, Luiz Carlos Alvarenga, manter o efetivo de 60% (em dias de semana) e 80% (aos finais de semana e feriados) está acima do que prevê a lei para manter os serviços de urgência e emergência, que é de 30%. “Dessa forma, não teremos uma greve. O juiz baseou-se nas informações da prefeitura para tomar a decisão, mas queremos que ele saiba o lado dos médicos. Vamos manter o plantão, mas a questão estrutural é de responsabilidade da prefeitura”.
Negociações – A reunião entre prefeitura e Sindimed foi marcada pelo impasse se o secretário municipal de saúde, Luiz Soares, participaria ou não. Os médicos não queriam a presença do secretário, mas terminaram permitindo a presença de Soares.
Os 2 principais itens exigidos pela categoria para encerrar a greve não foram aceitos pelo prefeito: o aumento salarial para R$ 8.239,24 e a demissão do secretário.
Ainda assim, Santos e Alvarenga entenderam que houve um avanço nas negociações. O prefeito se prontificou a conversar com o Governo do Estado para que o repasse de R$ 1,3 milhão seja permanente, garantindo a incorporação do prêmio ao salário, propôs a criação de uma comissão com participação da sociedade civil para discutir o Plano de Cargos e Carreiras, com prazo máximo para finalização de 90 dias e determinou que o acesso aos médicos deixasse de ser restrito.
Santos afirmou que as negociações caminham para um acordo. Porém, as novas propostas seriam discutidas em assembleia médica.