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Médicos de VG começam pedir demissão e greve está marcada

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Com os consecutivos atrasos salariais nos últimos 5 meses, médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) de Várzea Grande começam a por em prática um movimento de demissão decidido em assembleia da categoria no dia 20 de janeiro. Eles afirmam que o motivo é o acúmulo de atrasos da Verba Indenizatória (VI) que corresponde a cerca de 60% do salário, algo em torno de R$ 3 mil. Até a semana passada 9 médicos já haviam pedido demissão. Também já foi decidido que os médicos concursados vão entrar em greve a partir do dia 1º de fevereiro. O piso base de R$ 1,9 mil é o único que tem sido pago sem atraso. Atualmente são 380 médicos que atendem no município. Destes, 200 atendem no PS e outros 180 estão lotados na rede municipal que compreende 33 unidades de saúde.

A situação se agrava ainda mais quando levado em conta o fato de que, segundo o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), muitos desses médicos estão trabalhando apenas com contrato verbal firmado com a Secretaria Municipal de Saúde. Os profissionais também reivindicam melhorias nas condições de trabalho, já que a estrutura oferecida ainda é precária. Secretário municipal de Saúde, Marcos José da Silva, afirma que conseguiu pagar 2 das 5 V.Is atrasadas, e que as 3 restantes serão quitadas com o repasse de R$ 1,2 milhão da Secretaria Estadual de Saúde (SES) nos próximos dias. Ele nega a existência de contratos irregulares.

No encontro de sexta-feira (20) intermediado por representantes do Sindimed, os profissionais decidiram de forma individualizada em pedir o desligamento. Integrante do corpo jurídico do sindicato, a médica Alessandra Mariano explica que grande parte dos contratos já venceram em dezembro e alguns médicos continuavam trabalhando sem contrato, ou seja, de forma irregular para não deixar a população na mão. "No entanto, eles decidiram que não dá para continuar assim e definiram que a partir do dia 23 de janeiro, começam a pedir demissões. Aqueles, cujos contratos venceram, não vão renovar e os concursados vão entrar em greve", explica Mariano. Apenas cerca de 40% do efetivo vai continuar no atendimento de urgências e emergências.

Diante da decisão dos médicos, o Sindimed tem orientado os profissionais a notificar a secretaria e se preciso cumprir o aviso prévio de 30 dias. "No decorrer desta segunda-feira, foram diversas ligações de médicos que pediam orientação do setor jurídico do sindicato para saber de qual maneira proceder para encerrar os atendimentos pelo Sus em Várzea Grande, já que não têm recebido a VI", explicou Alessandra acrescentando que a insatisfação é generalizada. "São clínicos, cirurgiões, pediatras, anestesistas não só do Pronto-Socorro, como também das policlínicas e da rede de atenção básica de saúde".

Outro lado

Secretário Marcos José da Silva, informou que não foi notificado oficialmente sobre esse movimento de demissão. Ele participou da assembleia da categoria na sexta-feira juntamente com toda a diretoria do Sindimed e não está sabendo de nenhum pedido de demissão. Explicou que assumiu a Secretaria de Saúde no final de 2011 já com 5 parcelas da V.I em atraso, tanto da rede que compreende policlínicas, postos de saúde, centros de especialidades entre outros, como do Pronto-Socorro até então sob gestão da hoje extinta Fundação de Saúde de Várzea Grande (Fusvag), e já conseguiu quitar até o dia 18 último duas parcelas atrasadas e pagar o salário de dezembro.

O secretário disse ainda que se reuniu com o secretário estadual Pedro Henry na manhã desta segunda-feira e cobrou uma posição sobre o repasse de R$ 1,2 milhão relativo a dezembro de 2011. Henry por sua vez, se mostrou disposto a conseguir liberar a verba, embora não informou sobre prazo. Marcos José acredita que o problema será resolvido ainda nesta semana.

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