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Médicos de Várzea Grande podem deflagrar nova greve

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Usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em Várzea Grande podem ser prejudicados mais uma vez com uma possível greve dos médicos que cobram da Secretaria Municipal de Saúde, cumprimento total dos compromissos firmados em acordo com a categoria em 2011. Diante de inúmeras tentativas frustradas para solucionar o impasse ao longo dos últimos 7 meses o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindmed) convocou uma assembleia extraordinária para esta noite no Pronto-Socorro com a presença de membros do Ministério Público Estadual (MPE).

Caso a categoria opte por deflagrar greve, a paralisação vai atingir usuários não só do Pronto-Socorro, como também de policlínicas e Postos de Saúde da Família (PSFs). “A reclamação sobre a diminuição no vencimento global, que é a soma do salário e todos os benefícios como as antigas verbas indenizatórias, atinge médicos de todas as unidades”, explica Elza Queiroz, presidente do Sindimed. Ela informa que são cerca de 350 médicos que atendem pela rede pública e caso a greve for aprovada, haverá um prazo de 72% para iniciar a paralisação.

“Mesmo em greve, eles sempre mantém os serviços de urgência e emergência, além de 30 do atendimento em todas as unidades”, explica a sindicalista, ao reconhecer que essa não é a vontade do Sindimed. “Uma greve prejudica todo o atendimento e a população. Nessa assembleia vamos procurar comprovar as irregularidades denunciadas pelos médicos e a categoria é quem vai decidir se dão um novo prazo para as negociações”, esclarece Queiroz.

Ela relata que na pauta de negociação que tentam solucionar há 7 meses junto a Secretaria Municipal de Saúde, constam ainda atraso de pelo menos 4 parcelas de verbas indenizatórias, relativas a novembro e dezembro de 2011 e janeiro e fevereiro deste ano. Isso porque só os médicos que eram ligados a extinta Fundação de Saúde de Várzea Grande (Fusvag) é que receberam todas as parcelas enquanto os profissionais contratados pela prefeitura reclamam que não receberam 4 parcelas da VI. Outra insatisfação diz respeito a lei 3.723/2012 que substitui as verbas indenizatórias. “Essa lei ainda não foi regularizada e nem implantada, por isso o houve uma redução no vencimento global de todos os médicos”, conta a sindicalista.

Ainda conforme a presidente do Sindimed, já foi concedido todos os prazos que a Secretaria pediu para fazer um levantamento sobre os problemas, mas esses resultados ainda não foram apresentados. “Na semana passada houve uma nova reunião e foi pedido novo prazo de 90 dias para novos levantamentos, mas os médicos estão cansados e não acreditam mais que as coisas serão resolvidas no prazo solicitado. Por isso protocolamos documento junto ao Ministério Público para que possa participar das negociações e evitar que a população saia prejudicada”.

Na pauta a ser discutida constam ainda cobrança por melhorias das condições de trabalho, irregularidades no pagamento de hora-extra diurna e noturna, adicional por tempo de serviço, adicional de insalubridade e 1/3 de férias, convocação de aprovados em concurso público; contratos temporários, dificuldade de acesso aos holerites e falta de clareza nas informações, reavaliação da proposta encaminhada secretaria municipal em 31 de maio 2012 e elaboração da contraproposta da categoria.

Assessoria do comunicação não foi localizada para comentar as reclamações dos médicos, bem como o não cumprimento total do acordo firmado no ano passado.

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