O médico brasileiro Mohamad Kassen Omais, de 45 anos, preso dia 15 em Beirute, no Líbano, sob acusação de adulteração de seu passaporte libanês e suspeita de envolvimento com terrorismo, chegou nesta sexta-feira (29) ao Brasil. Ele desembarcou ao lado da mulher e de seus três filhos no Aeroporto Internacional Marechal Rondon em Várzea Grande às 17:05 horas.
Ele falou sobre o período que passou na prisão. “Fui tratado como todo libanês lá. Fui afastado da família, não tive direito a advogado”, relatou. Não houve maus-tratos físicos, mas fiquei afastado de tudo e de todos, o que eu considero, vamos dizer assim, maus-tratos psicológicos”, afirmou.
Omais, que tem dupla cidadania, explicou que sua prisão ocorreu depois que autoridades libanesas descobriram uma adulteração no passaporte que ele mantinha no país. “Esqueci um passaporte libanês e foi feita uma tentativa de adulteração”, contou. Ele revelou que só ficou sabendo do problema quando saiu da prisão.
Segundo o médico, a adulteração teria sido feito por um parente. “Não tenho conhecimento do que ele faz fora do nosso relacionamento. Só sei que foi em um momento de desespero”, comentou.
Mohamad e sua mulher, a médica Gisele do Couto Oliveira, foram ao Líbano para buscar os filhos, que estavam em férias com os avós desde dezembro do ano passado.