O Estado de Mato Grosso desmatou 229.2 quilômetros quadrados de floresta no último mês de agosto, de acordo com o sistema de Detecção de desmatamento em tempo real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), aumento de 618% em relação ao mês anterior, quando desmatou 32.7. Nos oito Estados do bioma amazônico foram 756 km2 de devastação. O Pará foi o campeão pelo terceiro mês seguido com 435.3, Mato Grosso o segundo colocado, Rondônia o terceiro com 29.9, Amazônas com 29.4, Maranhão com 16.8, Acre 6,7, Roraima 5,3 e Tocantins 4,2.
Os número foram divulgados, agora há pouco, e Só Notícias apurou que o polígono de municípios atendidos pela base operacional do Ibama em Sinop foi o que mais cortou árvores no Estado, nesse período, e o terceiro no bioma, derrubando 90.8 km. As bases de Altamira (PA) com 96.3 e Marabá (PA) com 96.2 registraram os maiores números. A base de Juína (450 km de Sinop) cortou 46.6 km e a de Alta Floresta,19 km.
Apesar de deixar a liderança do ranking nos últimos dois meses, Mato Grosso ainda é o campeão de desmate no ano, considerando o período de 01 de janeiro a 31 de agosto, com 3.030 km2, seguido do Pará com 1.552 e, Roraima com 469. Comparado ao mês de agosto do ano passado, a área desmatada no Estado teve aumento de 161%, saltando de 88 km2 para os 229.2 e, em todo o bioma o desmatamento triplicou no período passando de 230 para 756.
Os números em toda a Amazônia ainda podem ser maiores, já que o Deter captura apenas parte dos desmatamentos ocorridos, devido à menor resolução das imagens e incidência de nuvens. Em Mato Grosso a cobertura de nuvens foi zero porcento, no Amazônas 41% do Estado e no Pará 24 %.