O último boletim climático do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), concluído semana passada, aponta que o próximo trimestre (outubro, novembro e dezembro) será de chuvas acima da média para a porção sul, sudeste e oeste do Mato Grosso e centro-sul e oeste de Rondônia. O fato repete o ocorrido em setembro, quando a formação do fenômeno El Niño aumentou a circulação de ventos em altos níveis da atmosfera, deslocando a massa de ar seco que poderia atuar sobre Rondônia e Mato Grosso para o Norte da Amazônia. Por isso, notou-se o aumento da precipitação nesses estados (sobretudo no norte e nordeste do Mato Grosso), enquanto o Amazonas registrou tempo seco, que acabou favorecendo a ocorrência de queimadas.
Já as temperaturas para os próximos meses deverão ficar acima da média em quase toda a região Amazônica. Somente o Centro-Sul do Mato Grosso deverá ficar ligeiramente abaixo da média devido a episódios de ZCAS (Zona de
Convergência do Atlântico Sul), uma faixa de nebulosidade orientada no sentido noroeste-sudeste, que se estende do sul da Amazônia ao Atlântico Sul-Central nos meses de verão.
Nessa semana, a meteorologia prevê que as chuvas iniciadas desde a noite de segunda-feira (12) devem acontecer até sexta-feira. Os dias serão nublados, com pancadas de chuva e trovoadas. Isso acontece devido à presença de uma frente fria sobre a região sudeste, que traz zonas de instabilidade para a porção sul da Amazônia. O tempo chuvoso atinge sobretudo o sul do Amazonas, noroeste do Mato Grosso, centro-norte de Rondônia e Acre. Segundo o meteorologista Luiz Alves, os temporais são comuns entre os meses de setembro e outubro, quando a região está em transição para a estação chuvosa, o que requer atenção da população devido aos fortes ventos e raios. “Nessa semana, as chuvas irão cair pesadas principalmente entre quinta e sexta-feira”, adianta o meteorologista. Como a temperatura tende a cair quando chove, os rondonienses poderão desfrutar de um tempo um pouco mais ameno nessa semana, entretanto, o mormaço continua e os termômetros não sofrerão queda significativa, variando entre 35 ºC e 21 ºC.