Dados preliminares da amostra do Censo 2022, divulgados hoje, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que Mato Grosso tinha cerca de 280 mil pessoas com deficiência, ou 5,7% da população. É o segundo menor percentual do país, atrás apenas de Roraima (5,6%). Os idosos com 60 anos ou mais representavam 93,8% deste grupo.
Do total no Estado, 3,3% têm dificuldade de enxergar; 1,9% de andar ou subir escadas; 1,1% de ouvir; 1,1% de pegar pequenos objetos ou abrir garrafas; e 1,1% tem limitação nas funções mentais. Além disso, o Censo também revelou que 1,1% da população total possuía diagnóstico de autismo (aproximadamente 40,2 mil pessoas).
Da população total das principais cidades, Cuiabá tinha 6,5%; Nova Mutum 5,3%; Sinop 5%; Lucas do Rio Verde, 4,1%; e Sorriso 4%. Os cinco municípios do Estado com maiores proporções foram Araguainha (16,3%); Ponte Branca (13,4%); União do Sul (11,1%); Reserva do Cabaçal (11,1%); e Indiavaí (10,9%).
O Censo também revelou um cenário de desigualdade para a população com deficiência, que tem menor acesso à educação. Nesse grupo, a taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais em Mato Grosso é de 20,6%, mais que o triplo da população sem deficiência, que é de 4,7%.
“No entanto, observam-se avanços significativos na alfabetização das pessoas com deficiência, evidenciados pela taxa de analfabetismo entre jovens de 15 a 17 anos, que é de 11,2% — índice 2,5 vezes inferior ao verificado entre idosos com 60 anos ou mais, cuja taxa atinge 27,9%. Apesar desse progresso, ainda persistem barreiras relevantes que comprometem a plena inclusão educacional dessa população”, ressaltou, através de assessoria, Luciana dos Santos, analista do IBGE.
O Brasil tinha 14,4 milhões de pessoas com deficiência, o que corresponde a 7,3% das 198,3 milhões de pessoas com dois anos ou mais de idade na população. Nas primeiras posições estão Alagoas (9,6%), Piauí (9,3%) e Ceará (8,9%).
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