De acordo com o sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER), 1.123 km2 da floresta amazônica sofreram corte raso ou degradação progressiva durante o último mês de abril. O número foi apresentado agora há pouco, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) durante coletiva à imprensa na sede do órgão, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, em São José dos Campos (SP).
Do total verificado pelo Deter em abril, 794 km2 correspondem ao Mato Grosso, o maior número. Em março, o sistema havia registrado 112 km2 no Estado. Porém, no mês anterior 78% da Amazônia estava coberta de nuvens, sendo que 69% do Mato Grosso não pôde ser observado pelos satélites. Já em abril, 53% da Amazônia esteve sob nuvens, mas apenas 14% do Mato Grosso ficou encoberto. Isto indica que a oportunidade de observação no Estado aumentou muito de março para abril.
Em operação desde 2004, o Deter foi concebido como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. São mapeadas tanto áreas de corte raso quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal. É possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares por conta da resolução dos sensores espaciais (o DETER utiliza dados do sensor MODIS do satélite Terra/Aqua e do sensor WFI do satélite sino-brasileiro CBERS, com resolução espacial de 250 metros).
Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema.
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