Dados do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) apontam que nos meses de janeiro e fevereiro foram desmatados 19,2 quilômetros quadrados na Amazônia. Mato Grosso foi o que mais contribuiu para estes índices, onde 14,39 km² de florestas foram derrubados. O Maranhão aparece em seguida, com 4,3 km² de desmate e o Pará, com 0,52 km².
De acordo com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a maior parte do desmatamento foi verificada em janeiro, mês em que 85% da área da Amazônia esteve encoberta por nuvens. Em fevereiro, a cobertura atingiu 93% da região. Devido a intensidade das nuvens, a verificação da situação se torna mais difícil.
Em relação ao primeiro bimestre do ano passado, houve uma redução de mais de 90%. Naquela oportunidade, os satélites do Inpe detectaram o desmatamento de 208,19 quilômetros quadrados. Porém, o Inpe não recomenda esse tipo de comparação, visto que há uma grande dificuldade na observação da real situação e que pode mascarar os dados.
O Deter registra corte raso (desmatamento total) e degradação progressiva. O sistema serve de alerta para direcionar operações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).