Seguindo as diretrizes do governo em manter os altos índices de produção aliados à preservação ambiental, Mato Grosso continua o trabalho de combate às queimadas principalmente na época do ano considerada mais crítica (junho a outubro). O Estado conseguiu diminuir consideravelmente os índices de focos de calor no ano passado e saiu da primeira posição no ranking nacional justamente por investir em tecnologia e ações de combate ao fogo.
Com esse mesmo objetivo uma equipe do Ministério das Situações de Emergência (Emercom) da Rússia esteve em Cuiabá nessa sexta-feira e sábado apresentando ao secretário-chefe da Casa Militar, coronel Alexander Torres Maia, as tecnologias de ponta como aeronaves e equipamentos especializados em combates a desastres e incêndios florestais.
"A Rússia é muito parecida com o Brasil, com a diferença que lá atingimos 30 graus negativos. Mas, também temos um grande espaço territorial e isso dificulta a fiscalização dos focos de calor", explicou o general da Emercom, Yury Laletin.
Laletin disse ainda que a Rússia investiu em aviação ao ponto de se tornar há 15 anos referência em combate aos problemas emergenciais atendendo inclusive outros países atingidos por desastres naturais como foi a recente catástrofe do Haiti. "Quatro aviões do Emercom russo trouxeram a Porto Príncipe carga humanitária, equipes de resgate e técnica especial. Foi montado um hospital ambulante para ajudar aos feridos. Os trabalhos de salvamento foram realizados noite e dia. No total 138 funcionários do Emercom e 10 unidades de técnica (inclusive cinco aeronaves) foram envolvidos nas operações de busca, resgate e salvamento", disse.
Para o chefe da Casa Militar de Mato Grosso a tecnologia usada pela Rússia é incontestável. "Os helicópteros, por exemplo, são multiuso, com tecnologia de sistema rádio global e elaborado em conjunto com a ONU. Eles têm aviões com capacidade para 15 toneladas de água e uma aeronave especial que chega a transportar 42 toneladas de água em seu reservatório. Em casos como aquele grande incêndio que houve em Chapada dos Guimarães, por exemplo, que levamos 15 dias para apagar o fogo, depois do uso de aviões com capacidade de 1,5 toneladas de água. Os russos têm no mínimo capacidade de 5 toneladas, com esses equipamentos levaríamos meia hora para apagar o mesmo incêndio", argumentou Maia ao ressaltar o interesse do Estado em firmar parceria com o Emercom no combate a incêndios florestais em Mato Grosso