O laudo da perícia técnica que apontará as possíveis causas do grande incêndio que atingiu Marcelândia, há um ano, destruindo aproximadamente 100 casas e 16 madeireiras, poderá ser concluído em breve. “Aquele laudo está em fase de correção, como foi feito em parceria com peritos de Cuiabá, está sendo feita agora a releitura”, explicou o gerente de criminalística da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) em Sinop, Leandro Valendorf.
O trabalho, de acordo com o gerente, é desenvolvido em Cuiabá por técnicos da seção especial de meio ambiente da Politec. “A nossa função de coletar imagens, registros, foi feita, mas é um laudo um tanto extenso, com muitos detalhes como as imagens de satélites, por ter atingido grande parte da cidade”, destacou. Apesar da expectativa do resultado sair em breve, ainda não é possível afirmar uma data para apresentação do documento.
O laudo é o único empecilho que a Polícia Civil de Sinop tem, no momento, para concluir o inquérito. O documento é fundamental para dar materialidade ao processo que tem anexado mais de 40 boletins de ocorrência, além dos depoimentos das testemunhas (inúmeros moradores atingidos), que apontam possível início no lixão do município.
Com o incêndio, cerca de 100 famílias ficaram sem casa e os prejuízos contabilizados (incluindo a destruição das madeireiras) somaram cerca de R$ 14 milhões. Os atingidos foram acomodados, inicialmente, em igrejas, escolas e, hoje, muitas residem com familiares, amigos e, em alguns casos, em casas alugas enquanto esperam que o governo e a prefeitura construam conjunto habitacional de residências populares.
A licitação para a construção das casas, conforme Só Notícias informou, foi divulgada recentemente e a empresa que será encarregada pela obra deverá ser definida no dia 13 de setembro, por meio de concorrência pública. O recurso foi pedido pela prefeitura em regime de urgência ao Governo Federal, no entanto, a verba, de aproximadamente R$ 1,9 milhão, foi liberado apenas em junho deste ano.
Marcelândia, que atualmente conta com 11,9 mil habitantes, tem a madeira como principal fonte econômica.