O juiz federal de Sinop, Murilo Mendes, designou para as próximas quarta e quinta-feiras, as audiências dos dez presos durante a operação Mapinguari, que continuam no presídio Ferrugem. No primeiro dia, serão ouvidos, a partir das 14h30, Arildo Bona, Cassiano Zimmermann, Gilberto e Gilmar Meyer. Na quinta, começam às 09 horas e prestarão depoimento os empresários sorrisenses Nei Frâncio e Luciane Frâncio Garaffa, Reinhard Meyer, Vanderlei Cardoso de Sá, Leandro Balin e João Paulo Faganello.
Todos são acusados de participação na exploração ilegal de produtos florestais no Parque Nacional do Xingu. As denúncias de crime ambiental foram feitas pelo Ministério Público Federal e a Justiça acatou e processou 48 pessoas, entre eles ex-chefes do Ibama em Sinop, que teriam aprovado planos de manejo florestal falsos para que a madeira fosse transportada e vendida.
Também estão sendo processados seis indígenas, acusados de facilitar a retirada da madeira do parque, entre eles o cacique Ararapan Trumai, que confirmou que um madeireiro da região retirava ilegalmente madeira do parque, sem autorização da Funai – Fundação Nacional do Índio. Todos estão sendo interrogados e liberados, para aguardarem o julgamento em liberdade.
Os cálculos da Polícia Federal apontam que o esquema teria resultado, até agora, na retirada de 2.300 cargas de madeira de diversas espécies, da área de reserva. Estas eram vendidas para madeireiras, inclusive de outros Estados.
Os depoimentos feitos em Sinop, por ordem de carta precatória, serão encaminhados para a Justiça Federal em Cuiabá.