A Polícia Militar informou que cerca de oito mil pessoas participaram, ontem à tarde, de uma manifestação pedindo mais segurança pública. O comércio aderiu e fechou as portas durante a passeata pela principal avenida da cidade. O manifesto teve o objetivo de chamar a atenção das autoridades do Estado para as dificuldades enfrentadas no setor de segurança pública como o efetivo reduzido nas polícias e condições precárias de trabalho – a sede da delegacia local está em vias de ser interditada por falta de reforma.
Uma onda de assaltos, diversos casos de estupro registrados nos últimos dias e o homicídio de uma jovem de 18 anos, também vítima de violência sexual, causou grande comoção no município. O manifestou foi apoiado por empresários, instituições religiosas e autoridades como o prefeito José Pereira Filho, o “Zé Pequeno” (PT). “Como cidadão, como pai de família, tinha obrigação de estar aqui. Como prefeito, na condição de representante do nosso município também. Nossa esperança é que a mobilização possa mobilizar agentes do governo para entenderem nossa situação, entenderem que Tangará cresceu e que as políticas públicas, no caso da segurança, tem que acompanhar esse crescimento. O efetivo é pequeno e os serviços de inteligência também têm que ser reforçados. Essa presença maciça é o sentimento de insegurança e revolta que está sendo colocado”, afirmou à rádio Pioneira.
A passeata terminou em frente à antiga prefeitura, no centro da cidade, onde os manifestantes rezaram juntos pela pacificação. Ao longo da caminhada houve outro momento de parada para oração em frente à Igreja Matriz e Praça da Bíblia. Aline Gramarin, integrante da comissão organizadora, avaliou como muito positivo o manifesto. “O objetivo é pedir mais segurança. Estamos aqui clamando por socorro diante de todos os acontecimentos. Nós precisamos de políticas de segurança pública, mais delegados e estrutura para a polícia atender esta cidade de 100 mil habitantes. Estamos em luto, mas eu estou feliz porque esta manifestação mostra que Tangará está unida. Atenderam nosso chamado”.