Representantes das entidades que estão bloqueando a rodovia federal e caminhoneiros entraram em desacordo, esta manhã. Os caminhoneiros discordaram da liberação da passagem de veículos de passeio e ônibus. Também houve uma tentativa de forçar a passagem pelo ponto de bloqueio nas proximidades de um trevo na cidade paraense de Novo Progresso (596 quilômetros de Sinop).
Apesar de toda a situação, ninguém ficou ferido. Por conta deste desentendimento, o tráfego na região foi liberado parcialmente. De acordo com reportagem do jornal Folha do Progresso, os manifestantes estão em uma tenda montada às margens da rodovia federal explicando os motivos do bloqueio e também colhendo assinaturas para um abaixo-assinado.
Os representantes destas entidades cobram a revogação da Medida Provisória 756/2016 que alterou limites de unidades de conservação e, para isso, acabou pegando áreas produtivas da região. Os manifestantes apontam que este fato vai acarretar em perdas econômicas para o município.
A medida foi tomada para a viabilizar a construção da ferrovia “Ferrogrão”, que ligará Sinop a Miritituba, no Pará. A previsão do governo é lançar tanto o edital quanto o leilão no 2º semestre deste ano. Com investimentos estimados em R$ 10 bilhões, o governo federal poderá conceder a Ferrogrão por até 60 anos como forma de atrair empresas interessadas.
“Estamos empenhados, trabalhando e movimentando o governo para ver se conseguimos fazer as modificações sobre o assunto [da Medida Provisória 756/2016]. Porém, toda esta negociação terá que passar pela Câmara e Senado. São estes órgãos que vão cuidar e negociar essa medida provisória. Vamos nos empenhar dentro do governo junto com os outros ministros. Agora este assunto não se resolve de um dia para o outro. O bloqueio que está sendo feito na rodovia não ajudará em nada. Atrapalhará e complicará a vida de todos e dos agricultores da região de vocês [Pará] e também de Mato Grosso. Estamos pedindo que deixem fluir normalmente, que através da política vamos fazer uma negociação com as lideranças e ao governo”, disse o ministro Blairo Maggi, através das sua página oficial na internet.