Caminhoneiros e representantes do setor de transporte de cargas decidiram liberar 100% do tráfego de veículos em cinco dos sete bloqueios realizados na BR-163/364 no trecho sob concessão da Rota do Oeste. As liberações ocorreram em Nova Mutum, Lucas do Rio Verde (em dois pontos), Sorriso e Sinop. Há a expectativa de que estes trechos voltem a ser bloqueados amanhã pela manhã.
Em Cuiabá, a passagem de veículos de carga está liberado na pista sentido norte. Na pista sul, somente carros de passeio, ônibus e vans passam. Já em Rondonópolis, a interdição segue nos dois sentidos para caminhões e carretas com cargas não perecíveis (grãos, roupas, eletrônicos e outros). Os demais passam.
A assessoria da concessionária informou ainda que, ao longo do dia, houve liberações parciais em alguns trechos e trânsito segue lento na maioria dos municípios até que o fluxo seja normalizado. No final da manhã, a situação ficou tensa e houve discussão entre manifestantes e outros motoristas parados no bloqueio.
Um carreteiro teria ofendido os manifestantes e, devido a isso, a carreta foi apedrejada e também teve a carga de grão espalhada na pista. Isso causou a interdição da rodovia até a retirada do veículo e carga espalhada.
Hoje completou dez dias de manifesto dos caminhoneiros, que pedem redução de impostos incidentes sobre o óleo diesel e também melhor valor para o frete. Moradores e empresários decidiram apoiar o protesto em Sinop e Sorriso.
Conforme Só Notícias já informou, esta tarde, o governador Pedro Taques conseguiu uma medida importante que pode fazer com que os caminhoneiros deixem de bloquear as três rodovias federais no Estado. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) se prontificou, durante uma audioconferência, em rever os preços pagos dos fretes rodoviários de cargas. A confirmação foi feita pelo presidente da entidade, Carlo Lovatelli, que assumiu o compromisso elevar os valores para níveis satisfatórios. O reajuste deve melhorar o valor dos fretes entre Sorriso até Rondonópolis. O valor ainda deve ser anunciado em breve pela associação.
Um dos principais pontos críticos, apontados pelo setor, são as tradings que estariam pagando valor abaixo da tabela de preço mínimo estabelecido pela Secretaria de Estado de Fazenda. Com isso, os caminhoneiros estariam tendo prejuízos e motivou o protesto. O governo também se comprometeu em realizar uma reunião com as principais tradings para discutir o valor do frete que está sendo pago aos caminhoneiros, abaixo do valor referencial divulgado pela Sefaz.
A outra reivindicação é em relação ao valor do óleo diesel. Em uma reunião anterior entre manifestantes e governo, o secretário Brustolin se comprometeu a avaliar a possibilidade de reduzir de 17% para 12% a alíquota do ICMS no combustível. Um dos avanços obtidos até o momento na negociação foi o congelamento da pauta fiscal que estabelece os Preços Médios Ponderados ao Consumidor Final (PMPF) do óleo diesel, por 15 dias, o que evitará impacto de 5,77% na base de cálculo do Imposto sobre ICMS.