Em Mato Grosso, 7.521 propriedades rurais terão que passar pelo recadastramento anunciado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na terça-feira (19.02). Os imóveis estão localizados em 19 municípios do Estado que, segundo o governo federal, estão entre as 36 cidades que lideram o desmatamento na Amazônia Legal.
Essas propriedades somam uma área de 18,931 milhões de hectares (39,4% do total de 48 milhões/ha). Mato Grosso terá a maior demanda nesse período porque os imóveis dos 19 municípios respondem por 48,83% das 15,4 mil propriedades que passarão pela atualização de dados do Incra.
Os números reforçam a preocupação quanto ao cumprimento do prazo de 30 dias para o recadastramento. “O volume de documentação é grande e nos preocupamos com a agilidade das unidades do Incra no Estado para fazer a operação”, pontua o presidente da Comissão Mista de Meio Ambiente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Ricardo Arioli Silva. A demanda diária no Estado será de 327 recadastramentos.
Os responsáveis pelas terras com mais de quatro módulos fiscais (cada módulo tem de 60 a 80 hectares) estão obrigados a realizar o recadastramento no período entre 2 de março e 3 de abril deste ano.
Aripuanã tem 1,2 mil propriedades a serem recadastradas, totalizando a maior quantidade nos 19 municípios mato-grossenses. Em seguida vem Juara, com 635 imóveis, Vila Rica (565), Marcelândia (516) e Nova Ubiratã (504). O setor rural ainda não conseguiu entender como o recadastramento fundiário vai diminuir o desmatamento