Mais de 300 planos de manejo, tanto do último período de vistorias feitas pela unidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) de Sinop quanto aqueles que aguardam novo ciclo de exploração e que foram analisados há mais tempo e, ainda, algumas áreas indígenas de Sinop e região, deverão ser analisadas pelos 100 engenheiros florestais pagos com recursos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) a partir deste mês.
“São engenheiros florestais recrutados emergencialmente. Não são do quadro do Ibama, são prestadores de serviços”, disse ao Só Notícias, o gerente Regional do Ibama de Sinop, José Geraldo de Araújo.
Esses engenheiros farão um trabalho de levantamento de todos os planos de manejo florestais, independente de estarem ativos ou não ou que ainda estejam num período aguardando novo ciclo de exploração. “Todos estariam sendo vistoriados tendo sua documentação conferida, para que numa eventual inconsistência de dados e irregularidades encontradas, buscariam-se ser sanadas com um procedimento que viabilizasse a transferência desse monitoramento, trabalho de análise e liberação de planos de manejo para o Estado e para a Sema”, completa Araújo.
Além dos planos de manejo, algumas áreas indígenas também serão mapeadas. “Não só áreas indígenas. Na verdade também são unidades de conservação. Então, qualquer propriedade que esteja reivindicando algum licenciamento seja para uso alternativo do solo [para agricultura ou pecuária], exploração sustentada [planos de manejo] ou que estejam numa faixa inferior a 10km de qualquer unidade de conservação, sendo municipal, estadual ou federal, onde inclui-se as terras indígenas serão vistoriadas”, esclarece.
Só Notícias apurou que o objetivo do Ibama, em encaminhar engenheiros florestais para fazer esses trabalhos, é proporcionar o cadastramento de todos os planos de manejo em sistema que possa ser acessado pelo georeferenciado via internet – o Sistema de Controle de Plano de Manejo e Exploração de Floresta (Sisprof).
“O Sisprof é o cadastramento de todos os planos de manejo. O que está se buscando é num novo sistema, que vai unificar vários procedimentos, como por exemplo o caso da certidão negativa. Hoje o madeireiro tem que ir até uma unidade do Ibama, protocolar a documentação, aguardar que seja colocada no banco de dados por Estado e só então obter as informações da demarcação das terras. Esse novo cadastro passará a ser um sistema nacional, começando por Mato Grosso e o georeferenciado poderá tirar sua documentação pela internet, de casa. O que significa muito mais agilidade”, ressaltou Araújo.