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Madeira apreendida em Mato Grosso beneficiará desabrigados de Santa Catarina

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Uma equipe de Santa Catarina formada pela Federação das Empresas de Transportes de Cargas e Logística, Imetro e representante do Legislativo catarinense esteve em Cuiabá para ajustar a viabilização do Termo de Cooperação Técnica e a logística de transporte da madeira doada pelo Tribunal de Justiça e Ministério Público. O Imeq de Mato Grosso, vinculado a Sicme é parceiro da iniciativa e coordenará juntamente com os órgãos envolvidos o embarque dos mil metros cúbicos da madeira, cerca de 80 caminhões.

Durante toda a manhã eles estiveram no Distrito Industrial, no pátio de madeiras apreendidas. Além da madeira para a construção e reforma de casas aos desabrigados de Santa Catarina, o Ministério Público vai doar um excedente para confecção de portas, portais e janelas e aproximadamente 300 portas prontas. Segundo o juiz de direito da 23ª Vara Especializada do Meio Ambiente, José Zuquim Nogueira, “o excedente atenderá as necessidades emergenciais”.

O projeto prevê a construção de 270 casas, sendo 150 de madeiras e 120 de alvenaria. As indústrias de cerâmicas vermelhas certificadas de Santa Catarina serão responsáveis pelas casas de alvenaria, nesse caso, a madeira será usada no telhado.

“Esta é uma das ações, além daquelas executadas diretamente pelo governo de Santa Catarina. Esse grupo foi formado para ajudar com um pouco. Para resolver a questão habitacional dos desabrigados das cidades de Blumenau, Gaspar, Ilhota e Luiz Alves são necessárias 6 mil casas. As 270 são para o município mais atingido, Ilhota”, informou Paulo Roberto Mundt, presidente do Imetro de Santa Catarina.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso não descarta novas doações de madeiras para Santa Catarina, em virtude da necessidade. Para isso, é preciso a concretização desse projeto inicial, com as casas construídas e entregues, sob o acompanhamento do Imeq e Imetro (SC). “Tenho plena confiança de que dará tudo certo, independente disso precisamos tomar a maior cautela possível”, advertiu Zuquim.
Como se trata de madeira florestal apreendida é necessária a prestação de contas sobre o destino e o tipo de produto doado.

Para cumprir o objetivo acordado dependerá apenas do Termo de Cooperação Técnica entre os envolvidos de Santa Catarina. “Aqui em Mato Grosso está tudo pronto, aguardamos agora o termo com as partes envolvidas e as responsabilidades de cada um, a solicitação da madeira e o projeto onde será utilizada essa madeira”, finalizou a promotora Ana Luiza Ávila Peterlini de Souza, do Ministério Público de Mato Grosso, designada para coordenar o processo.

Como se trata de madeira florestal apreendida é necessário a prestação de contas sobre o destino e o tipo de produto doado. Ficou definido que em 3 de fevereiro, o processo esteja pronto. “Temos pressa e os desabrigados ainda mais. Amanhã cedo colocaremos o nosso governador ciente de tudo o foi acordado aqui e até quarta-feira da semana que vem planejamos entregar o Termo de Cooperação Técnica para viabilizar a saída da madeira”, frisou Paulo Robeto Mundt.

Jair José Durigon, presidente do Imeq-MT destacou que o Instituto é responsável pelo recebimento, armazenamento e destino da madeira apreendida na comarca de Cuiabá. A Fetrancesc e o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado de Mato Grosso (Sindmat) vão coordenar toda a logística da carga, transporte e descarga da madeira.
O deputado estadual de Santa Catarina, Manoel Mota (PMDB) também acompanhou a reunião.

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