As carências na segurança pública de Lucas do Rio Verde foram debatidas, esta noite, em audiência aberta aos moradores, promovida pela Assembleia Legislativa e prefeitura, no plenário da câmara municipal, e coordenada pelo deputado estadual Dilmar Dal Bosco, autor do requerimento.
Entre os assuntos discutidos estão as medidas que poderão ser adotadas para que a nova cadeia do município, inaugurada no início desta semana, entre em funcionamento o quanto antes. Ela tem capacidade para atender 150 reeducandos, no entanto, ainda não está atividade devido a falta de agentes prisionais. Esta semana saiu portaria designando alguns agentes para a unidade. Não foi confirmado quando será feita a transferência dos detentos para a nova unidade. A cadeia foi construída pela prefeitura com apoio de setores da comunidade com investimentos de R$ 1,3 milhão.
O delegado Marcelo Torhacs reconheceu que a Polícia Civil não padece mais quanto a viaturas e combustível, citou o envio de coletes balísticos, por terem sido designadas três escrivãs recém-ingressadas e dois investigadores. Ele destacou que esse efetivo ainda está aquém e que o número de investigadores era o mesmo há cinco anos. Marcelo rebateu a colocação do deputado José Domingos quando enalteceu o trabalho da Polícia Militar e disse que a Polícia Civil estava “decadente” em Mato Grosso. Argumentou que, em Lucas do Rio Verde, a reduzida equipe é composta de “verdadeiros heróis” e exemplificou que, dos aproximadamente 160 presos na cadeia pública, os quais permanecem presos porque foram autores de crimes graves – homicídios consumados e tentados, estupros, roubos, tráfico de drogas, entre outros – 90% desses presos foram trabalhos iniciados e conduzidos exclusivamente pela Polícia Civil.
Poucas acompanharam os debates com objetivo apontar as medidas para reforçar a segurança do município. Ampliar o número de efetivo de investigadores e soldados da PM é uma das carências.
Outra mudança que deve ser implantada, a curto prazo, é definir novo local para a delegacia municipal de Polícia Civil funcionar. A câmara municipal já sinalizou favoravelmente que seja transferida para a antiga prefeitura, onde a estrutura do imóvel é muito superior as instalações atuais da delegacia. Fatal aval da prefeitura.
O presidente da Câmara, Carlos Girotto, a promotora Patricia Campos, o delegado de Polícia Civil, Marcelo Torahcs, vereadores, secretários municipais também participaram.
(Atualizada às 14:10h em 02/06)