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Lucas: coberturas e qualidade do solo são temas em seminário do milho

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Duas importantes palestras foram realizadas, hoje à tarde, durante a décima primeira edição do seminário de milho safrinha que ocorre na Fundação Rio Verde de Pesquisas, em Lucas do Rio Verde. A primeira palestra foi proferida por Mauro Júnior Natalino Costa. O tema foi o manejo de nematóides. “Nós abordamos vários aspectos do manejo, onde os nematóides são um ponto de discussão, principalmente porque está relacionado ao manejo do solo. Hoje nós temos as coberturas e precisamos ficar atentos ao perfil do solo, como está sendo formado e gerido”.

Mauro também falou, ao Só Notícias, que o manejo de nematóides é uma estratégia muito valiosa principalmente sob o ponto de vista de coberturas. “Tudo isso a gente chama de gestão de matéria orgânica, onde nós vamos utilizar diferentes coberturas, tanto do lado da redução de nematóides e do lado da formação da matéria orgânica de perfil. A gente tem essas escolhas, passando também para a procura por variedades que sejam mais resistente a nematóides, produtos químicos que sejam utilizados, principalmente porque nós temos que pensar que essa planta na fase inicial, não tem resistência de planta adulta e isso faz com que seja necessária essa proteção”.

A última palestra do dia foi ministrada pelo professor da universidade estadual de Ponta Grossa, João Carlos de Moraes Sá (Juca), com o tema “planta de cobertura, produtividade do sistema e a qualidade do solo”. João disse que “o solo de regiões tropicais deve estar permanentemente coberto. Porque na região tropical, os processos de transformação, dos resíduos dos restos de cultura são muito intensos, devido as temperaturas elevadas e abundancia de chuva no período de produção. Nesse caso, o segredo do sucesso do sistema produtivo e com qualidade é a gestão da matéria orgânica do solo, porque a matéria orgânica do solo está associada e ao mesmo tempo controla uma série de atributos do solo”.

Ainda segundo João, “a matéria orgânica para o solo de região tropical é o componente chave exatamente porque a fertilidade e as transformações dependem da matéria orgânica e a única maneira de nós trabalharmos dentro dessa visão da gestão da matéria orgânica é a introdução do sistema do plantio direto, associado a combinação de culturas, exatamente usando a palavra sistema. Isso significa que, as plantas de cobertura tem que proporcionar ambientes favoráveis, para a expressão da cultura principal, no caso a soja, o algodão ou o milho.

A combinação dessas culturas proporciona um maior aporte de carbono e isso vai refletir em um maior acumulo e naturalmente na melhoria da qualidade do solo. “Se nós quisermos produzir uma soja sustentável, não será com uma sucessão de milhou, ou milheto somente. Será com um sistema que envolve mais culturas e aí o milho passa a ser um componente chave porque passa a ser plantado com outras culturas”, disse.

Um exemplo desse plantio combinado é o milho com braquiária intercalada, com uma leguminosa ou crotalária, que vai favorecer a produção de fitomassa, manter o solo coberto no período seco e ao mesmo tempo reciclar nutrientes resultando em uma maior capacidade produtiva do sistema.

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