Foi apresentado ontem, no auditório da Univerde, o projeto Brasil das Águas – Sete Rios, pelos idealizadores Gérard e Margi Moss. Eles destacaram a situação em que se encontra o rio Verde, que banha e até faz parte do nome de Lucas do Rio Verde.
Depois de captar imagens aéreas de uma vasta extensão do curso de água que nasce na Serra Azul, em uma fazenda localizada no vizinho município de Santa Rita do Trivelato, a equipe da expedição percorreu com barcos uma boa parte do rio, colheu amostras para examinar a qualidade da água e, como tem ocorrido em todas as cidades ribeirinhas por onde passa, fez questão de trocar impressões com a população.
Segundo Gérard, há um nítido contraste entre a atitude de preservação da mata ciliar ao longo da maior parte do percurso da nascente até a foz, no rio Teles Pires, e a quantidade de lixo doméstico encontrada nas proximidades da zona urbana e em outros trechos. “A água está em bom estado, mas é preciso preservar porque daqui a alguns anos será o Verde que abastecerá as residências”, destaca.
No ritmo de crescimento ditado pelo processo de agroindustrialização em curso, esse futuro não está muito distante. Estimativas extra-oficiais apontam que o município tem em torno de 35 mil habitantes, no entanto, a previsão é de que a população seja pelo menos duplicada nos próximos cinco anos uma vez que apenas a implantação da unidade de um frigorífico vai gerar cerca de 6.000 empregos diretos e outros 20.000 indiretos.
Atualmente, oito poços artesianos supervisionados pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) fornecem a água consumida pelos moradores da cidade. De acordo com o diretor do órgão, Daltro Figur, é possível que a captação tenha de ser feita diretamente do rio quando a população chegar por volta de 80 mil habitantes.