O lançamento da pedra fundamental da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas agropecuárias) em Sinop, na semana passada, deu um ânimo a mais para o setor produtivo, incluso na lista dos beneficiados com as pesquisas futuras acerca dos sistemas integrados em floresta e animal. Os investimentos devem alcançar os R$ 15 milhões e a obra ser entregue em 2010. A estimativa é que nos próximos três anos a movimentação financeira (pagamento de salários, manutenção no prédio e demais serviços) na região gire em torno dos R$ 50 milhões.
Se os números mostram a ‘pujância” de uma empresa do governo federal por outro lado, deixa dúvidas um tanto quanto comum: e a Empaer, estaria se sentindo inferiorizada? ou ainda deixada de lado ? Pelo menos para o presidente da entidade, Leôncio Pinheiro, a resposta é não. Segundo ele, não há clima como este por parte da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural frente à Embrapa bem como sensação de abandono.
Segundo Pinheiro, as instituições trabalharão em conjunto. Enquanto a empresa brasileira terá como premissa desenvolver tecnologia, a estadual atuará na extensão rural, isto é, fazer com que as descobertas cheguem ao homem do campo. Nos últimos tempos, diferentes críticas foram feitas em relação aos investimentos na Empaer. Entre elas, a de que estava sucateada.
“A Empaer faz parte do PAC Embrapa e também estamos recebendo recursos para investimentos. Este ano já aprovamos um projeto na ordem de R$ 950 mil. Estamos equipando nossa diretoria de pesquisa e assinaremos um convênio na ordem de R$ 3,7 milhões para fortalecer os nossos instrumentos de trabalho como aquisição de carros, computadores, ou seja, aquilo necessário para fortalecer a ação de nossos técnicos”, declarou Pinheiro, em entrevista ao Só Notícias.
“O mais importante é que está havendo esta integração da Embrapa com a Empaer”, complementa o dirigente. Leôncio Pinheiro diz ainda que a empresa de pesquisas também tem recebido importantes recursos da União mediante o Ministério do Desenvolvimento Agrário. “Já assinamos um convênio na ordem de R$ 5,2 milhões e 50% dos valores serão para instrumentalizar os escritórios e outros 50% para atividade de custeio, ou seja, capacitar técnicos, implentar as unidades demonstrativas. Enfim, os trabalhos de assistência técnica e extensão rural”, destacou.
Leôncio cita que Mato Grosso também aguarda decisão do MDA para firmar novo convênio na ordem de R$ 8 milhões para compra de novos equipamentos e implementar a assistência técnica. “A busca deste entendimento é para fortalecer a Empaer e ela ocorre entre os governos do Estado e federal”, finalizou.
Neste ano, no orçamento do Estado, para a Empaer foram reservados R$ 33,9 milhões.