
Durante audiência, Oziel confessou o assassinato, mas disse que se arrepende “muito” de sua conduta. Segundo consta na sentença, o condenado, que trabalhava na Gleba Mercedes, veio para Sinop no dia do crime, onde gastou todo o seu dinheiro com drogas. Retornando para seu local de trabalho, “drogado e alcoolizado”, pegou carona com Antônio, mas, no caminho, percebeu que o produtor levava uma bolsa com duas facas. Em determinado momento, a vítima parou a caminhonete para que pudesse urinar, tendo, em seguida, colocado a mão na sacola onde estavam as facas, atitude que teria assustado o passageiro. Oziel teria então puxado uma faca pessoal e atingido Maronezzi, que ainda tentou correr, mas foi golpeado com um pedaço de madeira na cabeça por duas vezes e morreu.
Após ocultar o corpo, o assassino voltou para Sinop, onde trocou a caminhonete do produtor por uma “caixa” de pasta base e passou a noite inteira “usando drogas”. De manhã, ligou para sua mãe relatando o que havia acontecido. Esta acabou conseguindo uma vaga para o filho se internar em uma clínica de recuperação em Várzea Grande.
A polícia, até então, não tinha certeza sobre o paradeiro do assassino. Porém, cerca de dois meses depois, uma pessoa, que deu carona para a mãe do rapaz em Barra do Bugres, escutou uma conversa, na qual foi relatado o latrocínio do produtor rural. Os policiais daquele município, após receberem a denúncia, avisaram a Polícia Civil de Sinop. Dois investigadores foram até a clínica de recuperação indicada e, ainda no local, Oziel confessou o crime e foi preso.
A caminhonete de Antônio foi encontrada seis dias depois do desaparecimento na estrada Nanci. O corpo, no entanto, só foi localizado em uma região de mata na estrada Cruzeiro, nas proximidades da Gleba Mercedes, após a indicação do assassino, em julho.
O delegado Carlos Eduardo Muniz, que conduziu as investigações, disse que Antônio morreu "por ser bom demais", pois deu carona para Oziel e ainda aceitou lhe deixar próximo a entrada de uma fazenda onde o acusado supostamente iria parar.
Consta no processo que Oziel é natural de Cuiabá, mas morava na Gleba Mercedes, em Sinop.


