A Justiça adiou o julgamento do principal suspeito de degolar Claudinei Ferreira da Silva, no bairro Maria Vindilina. O crime ocorreu no dia 20 de maio de 2012, em frente a um bar localizado na avenida das Águias, e o corpo da vítima foi encontrado em uma vala de escoamento de água.
O réu iria a júri popular, nesta quinta-feira (25), porém, a sessão acabou remarcada em razão das férias do promotor que atua no caso. O julgamento foi remarcado para o dia 3 de dezembro. O acusado responde por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, e ocultação de cadáver.
O proprietário do estabelecimento narrou que viu a vítima e o suspeito chegarem juntos ao local. Contou ainda que, após ingerir certa quantidade de bebida alcoólica, Claudinei acabou dormindo no chão. O homem afirmou que só soube do crime na manhã seguinte, ao ver um rastro de sangue, do local onde a vítima dormiu em direção ao “valetão”.
Ao ser preso, o homem acabou confessando o homicídio, revelando que “passou a faca” duas vezes no pescoço de Claudinei, enquanto este dormia. Em juízo, no entanto, acabou negando envolvimento no crime. Ele garantiu que, ao sair do bar, deixou a vítima dormindo e foi para uma festa na companhia de outro amigo.
Dois dias após o homicídio, o acusado foi preso temporariamente. Ele acabou solto, e conforme consta no processo, em seguida, fugiu da cidade. No ano seguinte, teve decretada a prisão preventiva, que foi cumprida em maio de 2017. No final do ano passado, conforme Só Notícias já informou, em decisão unânime, os desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negaram o pedido feito pela defesa para o que réu fosse colocado em liberdade.
Os magistrados também negaram o pedido da defesa para impronunciar o réu e, desta forma, evitar o júri popular. “Os indícios suficientes de autoria foram demonstrados na decisão de pronúncia, e recai sobre o recorrente a provável responsabilidade pelo homicídio qualificado consumado de Claudinei Ferreira da Silva e a suposta ocultação de cadáver”, afirmaram os desembargadores, na época.
O corpo da vítima foi localizado por moradores. Já o suspeito foi preso na casa da mãe, na rua dos Anzóis, no Recanto dos Pássaros. Ele continua no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”.