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Justiça nega pedido da defesa para anular gravações de irmãos confessando assassinato em Sinop

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Só Notícias/Herbert de Souza

A Justiça da 1ª Vara Criminal de Sinop negou o pedido da defesa para anular as gravações contra os irmãos José Graciliano dos Santos, 30 anos, e Adriano dos Santos, 20, acusados de matarem Adriano Gino, 29 anos. Os crimes teriam sido cometidos a mando da maquiadora Cleia Rosa dos Santos, 34 anos, que também é suspeita de mandar Adriano (vítima) matar o marido dela, Jandirlei Alves Bueno, 39.

A defesa dos irmãos alegou que os vídeos feitos pelos policiais civis, que prenderam os suspeitos, foram gravados sem a presença de qualquer advogado constituído. Conforme a decisão judicial, no entanto, a imprenscindibilidade da presença de defensor “restringe-se ao interrogatório na fase processual, não havendo que se falar em nulidade em face da ausência no momento da oitiva do réu no inquérito policial”.

A primeira audiência de instrução e julgamento do caso está marcada para o dia 17 de setembro. Durante a sessão, serão realizados os interrogatórios dos acusados de envolvimento nas duas mortes, além de testemunhas.

Em maio, conforme Só Notícias já informou, a Justiça Criminal acatou a denúncia proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra a maquiadora, que, agora, responde responde por homicídio supostamente cometido por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, em relação ao assassinato de Jandirlei.

Já pela morte de Adriano, Cleia foi denunciada por assassinato supostamente cometido por meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade de outro crime (no caso, a morte de Jandirlei). José Graciliano e Adriano respondem pelo homicídio de Gino, supostamente cometido mediante promessa de recompensa, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O trio também foi denunciado por ocultação de cadáver em relação à morte de Adriano Gino.

Um serralheiro de 32 anos chegou a ser preso em uma residência, no bairro São Francisco, com uma pistola calibre 380 e 13 munições. A Polícia Civil cumpriu mandado de busca na casa dele, após suspeita de suposto envolvimento com Cléia. No entanto, ficou descartada a participação dele nos homicídios. De acordo com o delegado Ugo Reck, que comandou as investigações, “em depoimento, o suspeito disse que Cléia o contratou por R$ 5 mil (para matar Adriano), mas que nunca aceitou praticar o crime”. Ele foi autuado apenas por porte ilegal de arma de fogo.

A maquiadora é acusada de mandar o amante Adriano Gino matar o marido e, depois, teria contratado os irmãos José e Adriano, que trabalhavam como vigilantes na rua da suspeita, para matar o amante. Ela e a dupla foram presos no final de março por policias da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf). Os dois homens levaram os investigadores até o local onde o corpo de Gino foi enterrado, em uma área de mata, na estrada Alzira. Na mesma vala, os supostos assassinos enterraram uma motocicleta.

Jandirlei foi esfaqueado na residência do casal, no Jardim Florença, durante simulação de suposto latrocínio (roubo seguido de morte), que teria sido executado, segundo a polícia, pelo amante de Cléia. O marido da maquiadora foi atingido por dois golpes de faca, em outubro de 2016, e ficou internado por quase dois meses, porém, acabou falecendo. Na data do crime a mulher contou à polícia que estava em casa, na companhia do esposo, quando foram rendidos por dois assaltantes. Na versão contada, Jandirlei teria reagido e sido esfaqueado.

Já Adriano Gino estava desaparecido desde o dia 23 de dezembro do ano passado. Os restos mortais dele foram localizados, no mês passado, enterrados em uma área de mata, na estrada Alzira. No mesmo local, também foi encontrada uma motocicleta da vítima. A ossada e a moto foram encaminhadas para exames periciais.

Ugo Reck disse que a família de Jandirlei já desconfiava da mulher, mas que, na época, não foram reunidas provas contra ela. Com o sumiço de Gino, as investigações foram retomadas. “Outra equipe voltou a investigação e descobriu que ela estava se relacionando com o amante, suspeito de matar o marido dela. Então, descobrimos que ele também estava morto. Os dois crimes foram motivados por brigas fúteis entre amante e marido. Em relação a morte do marido, (ela) se mostrou um pouco arrependida. Já o outro crime (amante) disse que faria de novo”, declarou.

Os dois acusados de matar Adriano contaram como o crime ocorreu. “Ela primeiro ofereceu R$ 5 mil, depois ofereceu um carro GM Prisma e nós aceitamos. Ela levou o amante até a casa dela, dopou com comprimidos e nós matamos com golpes de enxada. Depois colocamos no carro e escondemos o corpo”, disse.

Os irmãos estão no presídio Ferrugem. Já a mulher foi levada para a cadeia feminina em Colíder (157 km de Sinop).

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