A Justiça negou a concessão de habeas corpus para o contador Silvan Curvo e sua esposa, Edilza Maria de Freitas Curvo. Silvan é irmão de Magda Mara Curvo Muniz, apontada como líder de um esquema que desviou quase R$ 13 milhões da Conta Única do Estado. O despacho foi assinado, ontem, pelo desembargador Manoel Ornellas de Almeida. Com isso fica mantida a prisão temporária do casal, decretada na última semana pela Justiça.
Silvan é apontado pela investigação como um dos operadores do esquema. Ele teria recrutado diversos "laranjas", entre amigos e funcionários da família, que repassavam os dados bancários para a realização dos pagamentos por serviços não prestados ao Estado. Estima-se que mais da metade dos R$ 13 milhões teria passado por suas mãos.
A liberdade foi pedida pelo advogado do casal, Zoroastro Teixeira, que entende serem as prisões temporárias desnecessárias, uma vez, segundo ele, os suspeitos colaboraram durante as investigações, iniciadas no final do ano passado.
Ao todo, já foram identificadas 49 pessoas como participantes do esquema. Destes, 20 já foram presos, um marcou a apresentação para o final do mês e outros 29 permanecem foragidos.