Os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso negaram o pedido de liberdade formulado pela defesa de um dos acusados de assassinar o empresário sorrisense Roberval Queiroz, 42 anos, em abril deste ano, próximo ao bairro Daury Riva, em Sinop. O crime teria sido supostamente cometido com a ajuda de um adolescente.
No pedido, o advogado requereu a revogação da prisão preventiva e fundamentou que “a manutenção da prisão do paciente está fundada em provas produzidas na fase policial” e que “o paciente não estaria acompanhado de advogado no momento em que prestou depoimento perante a autoridade policial”.
Já o relator Marcos Machado entendeu que “os elementos de convicção sobre a responsabilidade penal do paciente, anotados na investigação policial, autorizam sua custódia cautelar, sobretudo diante das contradições entre a versão do mesmo e a do adolescente infrator” e indeferiu o pedido. O voto do relator foi seguido à unanimidade pelos demais desembargadores.
Consta na denúncia que o acusado, que tem 20 anos, juntamente com um adolescente, tomaram conhecimento de que a vítima, que residia em Sorriso, era proprietária de uma GM S10 e trabalhava com compra e venda de sucata.
A denúncia aponta que os dois acusados ligaram para Roberval “dizendo que tinha uma grande quantidade de cobre para vender” e que, se houvesse interesse, ele deveria se deslocar até Sinop. No dia 6 de abril, o empresário veio para o município e combinou de se encontrar com os suspeitos em uma chácara, localizada na estrada Áurea.
No momento que chegou, Roberval teria sido surpreendido pelos acusados que anunciaram o assalto, o colocaram no banco de trás da caminhonete e fugiram tomando rumo ignorado. Durante o trajeto, a vítima teria tentado reagir, mas foi alvejada na cabeça pelo adolescente, que também estava no banco de trás do veículo.
O corpo foi abandonado em uma plantação de milho e a caminhonete foi localizada a 15 quilômetros de distância.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) confirmou que encontrou próximo da caminhonete do empresário, também ocultada na região da estrada Selene, uma coronha de uma garrucha.
O acusado continua preso no Oswaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”.