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Justiça não atende pedido do MP para prender vereador acusado de matar agente em Cuiabá; celulares apreendidos

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Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

O poder judiciário negou, hoje, pedido do Ministério Público do Estado para prender preventivamente o vereador e tenente coronel Marcos Eduardo Ticianel Paccola, pela morte do agente penal Alexandre Miyagawa de Barros, no último dia 1º, no bairro Quilombo, em Cuiabá mas atendeu pedido dos promotores de Justiça, do Núcleo de Defesa da Vida, e foram apreendidos dois aparelhos celulares dele. O mandado de busca foi cumprido na residência dele.

Os delegados da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa também haviam pedido a prisão de Paccola. Os promotores destacaram que o vereador é réu em ação penal após ter sido denunciado por envolvimento em organização criminosa que operacionalizou fraude nos registros da Polícia Militar e em certificados de registros de arma de fogo. A ação, segundo consta na representação, teve como objetivo interferir na “Operação Mercenários”, deflagrada por suspeita de envolvimento de militares na prática de crimes contra a vida de dezenas de pessoas.

Os promotores também mencionaram “existência de evidências que apontam para a intenção de autopromoção” e “que o uso político do episódio encontrou amparo nas manifestações públicas do investigado. “Além de reforçar a bandeira que defende em torno do uso de armas de fogo, o representado passou a atacar a imagem da vítima, fazendo-a vilã e única responsável por sua morte. Também passou a encampar campanha autopromocional às custas do evento delituoso, reforçando a tese defensiva de ato de heroísmo dirigido a evitar um suposto feminicídio. Tudo dirigido à sociedade, juiz natural da causa e genuína detentora do poder de julgar os crimes dolosos contra a vida”, apontam os promotores.

“O perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado se vê confirmado diante de seu envolvimento na prática de delitos relacionados ao exercício das funções, tanto na figura de militar que reiteradamente evoca, quanto de vereador, fazendo uso político da situação para se alavancar no cenário eleitoral, conspurcar a imagem da vítima e incitar a população à bandeira que defende quanto ao uso de arma de fogo”, concluem.

A informação é da assessoria do MP.

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