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Justiça marca 1ª audiência do “doutor bumbum” acusado da morte de bancária de Mato Grosso

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Só Notícias/A Gazeta (foto: assessoria/arquivo)

A Justiça do Rio de Janeiro marcou para o próximo dia 11, às 14h15, a primeira audiência no processo da morte da bancária cuiabana Lilian Calixto. Na mesma decisão, negou liberdade e manteve integralmente a denúncia contra o médico Denis César Barros Furtado, o doutor Bumbum.

Denis está preso desde o dia 19 de julho, acusado da morte de Lilian, após passar por procedimento estético em um apartamento na Barra da Tijuca. A defesa do médico requereu a rejeição parcial da denúncia com o afastamento da qualificadora da motivação torpe e a revogação da prisão preventiva. Entretanto, o juiz Bruno Arthur Mazza Vaccari Machado Manfrenatti, em decisão na quinta-feira, destacou que já havia decisão judicial contrária ao pleito libertário.

Além de Denis são denunciadas pela morte a mãe dele, Maria de Fátima Barros Furtado, médica com registro cassado, que também manifestou alegando ausência de justa causa na ação, e a secretária e namorada dele, Renata Fernandes Cirne, que também requereu sua absolvição sob alegação de atipicidade de sua conduta.

Rosilene Pereira da Silva, que era assistente de Denis, pediu a readequação do rol das testemunhas arroladas na denúncia pelo Ministério Público, por extrapolar o limite estabelecido no Código Penal.

O magistrado diz que a extrapolação de testemunhas se justifica para esclarecimento da dinâmica. “A preliminar de inépcia da inicial não merece prosperar. Isso porque a denúncia narra as condutas delituosas e as supostas autorias, relatando, em linhas gerais, os elementos indispensáveis à demonstração da existência dos crimes, em tese, praticados e os indícios suficientes para a deflagração ação penal”, pontuou o juiz.

Conforme Só Notícias já informou, Lilian morreu na madrugada do dia 12 de julho, horas após ser submetida a um procedimento estético para aumentar o glúteo, realizado em uma cobertura na Barra da Tijuca. Segundo parentes, a vítima saiu de Cuiabá, para realizar as aplicações de silicone com Denis. O procedimento teria custado R$ 20 mil.

Após a intervenção, a bancária teve complicações e foi encaminhada pelo próprio médico para um hospital particular, também na Barra, onde chegou ainda lúcida, mas com taquicardia, sudorese intensa e hipotensão.

Ela teve quatro paradas cardiorrespiratórias e não resistiu. A hipótese inicial levantada sobre as causas da morte seria embolia pulmonar, devido à aplicação de produto sintético.

O médico teria usado a substância PMMA na bancária. A sigla significa polimetilmetacrilato, material parecido com plástico, composto por microesferas e utilizado para fazer preenchimentos corporais e faciais. O produto é aprovado pelo Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas indicado para situações pontuais e em pequenas quantidades.

Segundo o “doutor bumbum”, seu ambiente de trabalho, a cobertura onde morava e foi feito o procedimento, tinha condições adequadas para cirurgia de bioplastia.

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