A justiça decidiu manter presos o ex-diretor da cadeia em Nova Mutum e dois agentes acusados de facilitar fuga de 27 detentos, mês passado, pela porta da frente. 7 ainda estão foragidos. O ex-diretor Henrique Francisco de Paula Neto pediu habeas corpus alegando que, no dia da fuga, estava em casa e só soube do episódio no dia seguinte. Mas os argumentos não convenceram o desembargador Pedro Sakamoto, que decidiu mantê-lo preso apontando que 'festinhas' na cadeia, com 'garotas de programa' eram frequentes e o ex-diretor "supostamente estava presente".
Um dos agentes presos recorreu à justiça local mas seu pedido de soltura foi negado pela magistrada Helícia Vitti Lourenço. Ele e outro agente (também preso) são acusados de receber entre R$ 800 e R$ 1,5 mil de propina para permitir regalias nas celas, deixar entrar celular, drogas e bebidas.
No dia 5 de fevereiro, duas mulheres entraram na cadeia, levando bebida alcoolica e doparam os agentes, pegaram as chaves e abriram as celas. O plano foi arquitetado por um detento, que teria envolvimento com uma das mulheres, e foi preso com elas, em Cuiabá.