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Justiça mantém presos acusados de matar enfermeira em Sinop; ex-policial e marido da vítima vão a júri

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: arquivo/reprodução)

A Justiça de Sinop decidiu manter na cadeia os dois acusados de envolvimento no assassinato da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, 43 anos, ocorrido em setembro de 2019. O pedido de soltura foi feito pelo ex-marido da vítima, Ronaldo Rosa, e a negativa foi estendida ao outro réu, o ex-policial militar Marcos Vinicius Pereira Ricardi, de 26 anos.

Na decisão que negou o pedido de soltura, a juíza Rosângela Zacarkim cita dados do caso para evidenciar a gravidade do crime cometido. “Diante de todo exposto, tenho que as medidas cautelares diversas da prisão, previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, revelam-se insuficientes e inadequadas ao presente caso, dada a gravidade dos fatos praticados e a periculosidade de seu suposto autor, de modo que, a manutenção de sua constrição cautelar é medida de rigor”, afirmou a magistrada.

No ano passado, os desembargadores da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça mantiveram inalterada a sentença proferida pela juíza Débora Roberta Pain Caldas, que determinou que Ronaldo e Marcos sejam levados a júri popular. A magistrada decidiu, ainda em 2020, que a dupla deveria ser julgada por homicídio qualificado, cometido de maneira cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra mulher em razão do gênero (feminicídio).

No caso do policial militar, ela acrescentou ainda uma qualificadora de crime cometido supostamente mediante recompensa. Por outro lado, para o marido da vítima, ela acrescentou a qualificadora do motivo fútil. A juíza também pronunciou os dois por ocultação de cadáver.

Conforme Só Notícias já informou, o esposo de Zuilda foi preso, em outubro de 2019, no Camping Club. Na única declaração que deu à imprensa, ao ser conduzido à delegacia pelos investigadores, disse ser inocente. Os policiais o monitoraram por cerca de 10 horas e estavam com mandado judicial para prendê-lo. Durante interrogatório, ele permaneceu em silêncio.

O policial – que posteriormente acabou sendo desligado da PM – foi o primeiro a ser preso e revelou que o corpo da enfermeira havia sido jogado em uma tubulação, nas proximidades do centro de eventos Dante de Oliveira. Confessou ainda ter participado do espancamento que resultou na morte de Zuilda. Ele acusou o marido da enfermeira de também ter cometido as agressões.

O esposo de Zuilda tinha um ponto de venda de espetinhos, no centro da cidade, onde o policial militar trabalhava fazendo entregas, uma vez que estava afastado da corporação. Conforme a versão inicial apresentada pelo militar, a tentativa seria dar um susto na enfermeira simulando tentativa de assalto e a situação teria saído do controle.

Zuilda era funcionária de um hospital e desapareceu no dia 27 de setembro de 2019. Ela foi velada e sepultada em Sinop.

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