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Justiça manda índios encerrarem bloqueio em rodovia de acesso a Juína

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A juíza Lidiane de Almeida Pampado concedeu, hoje à tarde, liminar pedindo a desobstrução da ponte do rio Juruena, na MT-170 (cerca de 60 km de Juína), ocupada desde ontem por índios das etnias Ena Wene-Nawe, Rikbaktsa, Cinta larga, Arara, Myky, Irantxe, Kayabi, Apyaka e Mundurucu.

A rodovia dá acesso a seis cidades da região, mas só ambulâncias conseguem passar. Cargas de alimentos, combustível, e outros produtos, estão paradas às margens. O grupo chegou a ameaçar derrubar torres de transmissão do sistema Nacional de energia interrompendo o fornecimento para Juína e região, caso suas reivindicações não forem atendidas em 8 dias.

Eles alegam que os pedidos foram feitos há vários meses, como atendimento e assistência de saúde nas aldeias, nos pólos de saúde e casas de saúde indígenas da região e solução para suspender a construção das PCH’S (pequenas centrais hidrelétricas) no alto Juruena. Outra cobrança é na compensação dos impactos causados pela PCH Juina e Rede Cemat construída na reserva dos povos Cinta Largas.

Ainda hoje, líderes das etnias devem participar de uma reunião com autoridades, no fórum, para encontrar soluções e evitar confrontos.

Eles também solicitam a presença de representantes da Funasa, Empreendedores das empresas de energia, Sema, Ibama, Funai (setor de meio ambiente), Ministério Publico Federal de MT, Governo do Estado além dos prefeitos de Sapezal, Comodoro, Juína, Aripuanã, Juara, Brasnorte e Cotriguaçú.

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