Uma liminar de reintegração de posse pode tirar os índios que ocupam a sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Cuiabá. A negociação com líderes indígenas e representantes da Funasa para o fim do protesto começou ontem a noite no Distrito Sanitário Indígena de Cuiabá, na rua Baltazar Navarros. Segunda a administração da Funasa em Brasília, a intenção não usar de violência para tirar os manifestantes e sim dar continuidade as atividades do órgão, que estão suspensas desde o começo da invasão na segunda-feira.
A invasão foi motivada pela suspensão dos repasses da Funasa à Operação Amazônia Nativa (Opan), responsável pela assistência médica das aldeias indígenas. O pagamento foi suspenso porque a Ministério Público Federal (MPF) reprovou a prestação de contas da ONG.
O processo foi encaminhado para auditoria da Funasa, que já devolveu ao MPF com as alterações solicitadas. O próximo passo é a aprovação das contas para a efetivação do repasse.O valor total do débito é R$ 887,1 mil e a perspectiva da Funasa é emitir ordem bancária de pagamento hoje, no final do dia.