domingo, 19/maio/2024
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Justiça manda a júri popular maquiadora acusada de mandar matar marido e amante em Sinop

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/Diego Oliveira/arquivo)

A maquiadora Cleia Rosa dos Santos Bueno, 34 anos, irá a júri popular por duplo homicídio. A decisão é da juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim. Pela morte do marido Jandirlei Alves Bueno, 39 anos, Cleia será julgada por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Em caso de condenação, a pena poderá ser agravada pelo fato da acusada ter sido, supostamente, a mandante do crime.

A juíza também pronunciou Cleia pelo assassinato de Adriano Gino, 29 anos. Por este crime, ela vai responder em júri popular por homicídio qualificado, cometido de maneira cruel, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima e para assegurar a ocultação e impunidade da morte de Jandirlei. Também poderá ter a pena aumentada caso seja condenada por ser a mandante do assassinato e ainda responderá por ocultação de cadáver.

Já os irmãos José Graciliano dos Santos, 30 anos, e Adriano dos Santos, 20, que teriam sido contratados pela maquiadora para matar Gino, irão responder por homicídio qualificado, cometido mediante promessa de recompensa, de maneira cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ainda responderão por ocultação de cadáver.

Os três continuam presos. Em outubro do ano passado, os desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negaram o pedido de habeas corpus feito pela defesa da maquiadora. Em agosto, o desembargador Gilberto Giraldelli, relator do recurso, já havia negado a soltura da suspeita.

Os desembargadores levaram em conta a suspeita de que Cleia “teria planejado o assassinato do seu marido, por este não aceitar a separação, o que a estaria impedindo de assumir um romance com seu suposto amante, o qual lhe prestou auxílio no crime; e, posteriormente, para garantir a sua impunidade em relação a este primeiro delito, teria arquitetado a morte de seu comparsa, seu então convivente, determinando a ocultação de seu cadáver, pois tais elementos indicam a sua periculosidade social e a disposição em gerar tumultos na fase instrutória do feito correlato”.

Ao ingressar com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça, a defesa alegou que Cleia vem sofrendo “constrangimento ilegal” por ser mantida presa. O advogado afirmou que a maquiadora é inocente e apontou “fragilidade dos elementos” que a colocam como mandante dos homicídios. Segundo ele, a acusada confessou apenas ter atentado contra a vida de Adriano Gino, “em razão de ameaças e agressões que sofria por parte dele”.

Conforme Só Notícias já informou, a maquiadora é acusada de mandar o amante Adriano matar o marido e, depois, teria contratado José e Adriano, que trabalhavam como vigilantes no mesmo bairro que ela morava, para matar o amante. Os três foram presos no final de março por policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf). Os irmãos levaram os investigadores até o local onde o corpo de Gino foi enterrado, em uma área de mata, na estrada Alzira. Ele estava desaparecido desde o dia 23 de dezembro de 2017. Na mesma vala, foi encontrada a motocicleta da vítima.

Jandirlei foi esfaqueado na residência do casal, no Jardim Florença, durante suposto latrocínio (roubo seguido de morte), que teria sido executado, segundo a polícia, pelo amante de Cléia. O marido da maquiadora foi atingido por dois golpes de faca, em outubro de 2016, e ficou internado por quase dois meses, porém, acabou falecendo. Na data do crime, a mulher contou à polícia que estava em casa, na companhia do esposo, quando foram rendidos por dois assaltantes. Na versão contada, Jandirlei teria reagido e sido esfaqueado.

Já os dois irmãos, supostamente contratados por Cleia, contaram à Polícia Civil como mataram Adriano Gino. “Ela primeiro ofereceu R$ 5 mil, depois um carro GM Prisma e nós aceitamos. Ela levou o amante até a casa dela, dopou com comprimidos e nós matamos com golpes de enxada. Depois colocamos no carro e escondemos o corpo”, disse.

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