A Justiça determinou a submissão a júri popular do principal suspeito de matar o jovem Roni Meirele Teixeira, 23 anos. A vítima, que era natural de Sinop, morreu carbonizada em janeiro de 2016, em uma residência na rua Joinville, em Feliz Natal (130 quilômetros de Sinop).
A decisão, proferida pelo juiz Humberto Resende Costa, aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual que atribui ao acusado a morte de Roni. A Promotoria sustenta que o acusado, suspeitando que a vítima havia subtraído seu celular, dirigiu-se à residência dela, onde desferiu uma pancada em sua cabeça e, em seguida, ateou fogo na casa com a vítima ainda no interior.
O laudo pericial confirmou que a morte ocorreu por carbonização, com fuligem encontrada na traqueia, indicando que Roni ainda estava vivo durante o incêndio. O perito descartou a possibilidade de acidente, concluindo que o fogo foi intencionalmente provocado.
Em sua decisão, o magistrado manteve as três qualificadoras do crime: motivo fútil (por suspeita de furto do celular e possível questão relacionada à orientação sexual da vítima), meio cruel (morte por carbonização) e recurso que dificultou a defesa (surpresa mediante golpe inicial). O juiz ainda acolheu parcialmente pedido da defesa, determinando o desentranhamento de documentos referentes a outros inquéritos não relacionados ao caso, mas manteve a pronúncia por entender existirem indícios suficientes de autoria.
O acusado seguirá em liberdade, uma vez que não foi decretada prisão preventiva por falta de requerimento das partes. Ele ainda pode recorrer da decisão para evitar o julgamento. A data do júri será definida posteriormente.
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