A Justiça americana anunciou hoje que vai unir os processos do vôo 1907 para acelerar os trâmites e determinou que os pilotos americanos do Legacy, Jean Paul Paladino e Joseph Lepore, a ExcelAire (proprietária do Legacy), a Honeywell (fabricante do equipamento anticolisão), a Embraer (fabricante do Legacy), Raytheon (responsável pela implantação dos radares na região da Amazônia) e a Lockheed Martin (responsável pelo software usado no controle aéreo) serão réus no processo.
A Justiça vai decidir somente em março de 2008 sobre a permanência ou não no país do processo sobre o acidente com o avião da Gol, no ano passado. A data foi anunciada em audiência realizada hoje em um tribunal de Nova York, que contou com a presença de advogados brasileiros.
No acidente, um jato Legacy, pilotado por dois americanos, colidiu com um Boeing da companhia aérea Gol, quando sobrevoava o norte de Mato Grosso. As 154 pessoas que estavam no Boeing morreram. Já os pilotos do Legacy e os passageiros sobreviveram. O jato pousou na Serra do Cachimbo (PA), a poucos km do local onde o Boeing caiu.
De acordo com o advogado Leonardo Amarante, que representa cerca de 60 famílias das vítimas, a audiência foi positiva por definir prazos para a defesa dos novos réus incluídos no processo – a fabricante do radar do Legacy e a empresa que desenvolveu o software.
Amarante defende que o caso continue sendo julgado nos Estados Unidos, onde acredita que o processo terá mais agilidade. Além disso, as indenizações concedidas pela Justiça americana são maiores.