sexta-feira, 4/julho/2025
PUBLICIDADE

Justiça decreta prisão preventiva e torna réu por homicídio qualificado acusado de matar jovem em Sorriso

PUBLICIDADE
Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/arquivo)

A Justiça acatou a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE) e tornou réu, por homicídio duplamente qualificado, o principal suspeito de matar Adão Cardoso Silva, 25 anos. O jovem foi morto a tiros, em agosto deste ano, na rua Três do bairro União. Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ao hospital regional, onde acabou falecendo pouco depois.

Com a decisão da Justiça, o réu passa a responder por homicídio cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. A juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano também decidiu converter em preventiva a prisão temporária decretada contra o suspeito.

“Em um primeiro prisma de abordagem, do confronto/cotejo analítico do material cognitivo produzido na relação processual — em um juízo de convicção de natureza provisória e precária — é possível antever que existe demonstração satisfatória da existência da infração penal homicídio qualificado, além de indícios suficientes de que o indiciado seja o autor do delito”, afirmou a magistrada.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Adão estava sentado próximo à rua, quando um homem, em uma motocicleta Yamaha Factor preta, aproximou-se e efetuou vários disparos. A Polícia Militar foi acionada e encontrou a vítima caída. Adão, no entanto, conseguiu relatar aos policiais que estava sendo ameaçado de morte pelo suspeito, por meio de mensagens e ligações telefônicas.

A investigação conduzida pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) conseguiu apurar que o acusado já havia sido visto na localidade pilotando uma moto com as mesmas características que a utilizada no homicídio. A Polícia Civil também apontou que o crime pode ter sido motivado por vingança, já que o réu acreditava que seu irmão foi assassinado com possível envolvimento da vítima.

“O réu, em tese, premeditou o ilícito, tendo se aproveitado da oportunidade em que veio ao município para pegar uma arma de fogo para o seu patrão para praticar o homicídio, retornando a Sinop, em seguida, utilizando o patrão com álibi, visto que este não declinaria à polícia sua viagem, em razão da ilicitude da transação de compra e venda da arma de fogo”, consta na decisão assinada por Emanuelle.

“Estas circunstâncias, principalmente se enfocado o quadro sob o ponto de vista da cronologia dos eventos que permearam a dinâmica da ação criminosa, pendem por atestar e deixam entrever a gravidade concreta do evento criminoso, apta a demonstrar a periculosidade do indiciado à sociedade, que por simples suspeita, matou Adão Cardoso Silva, o que se consolida como fator hábil a inserir em situação de risco à ordem pública”, completou a magistrada.

Na época do homicídio, o subtenente Ronaldo, do Corpo de Bombeiros, explicou que Adão “estava em parada, porém foi realizado massagem, cardiopulmonar e aplicado oxigênio em todo o trajeto até o hospital. Foram verificadas duas perfurações, uma na região do tórax e outra na região do pulmão. Houve bastante perda de sangue”.

O suspeito foi preso ainda em agosto e segue na cadeia. O irmão do réu foi morto em 2020, em frente à própria residência. Dois homens foram presos pelo crime e aguardam julgamento.

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Fiscalização do MP revela precariedade no saneamento em escolas de 20 municípios de MT

Uma realidade alarmante foi constatada nas fiscalizações realizadas pelo...

Audiência pública discute soluções atividade garimpeira no Nortão

Na noite desta quinta-feira, foi realizada em Peixoto de...

Acusado de executar homem com 17 tiros em Lucas será levado a júri popular

Um dos suspeitos de assassinar João Rafael Fernandes, de...

Mato Grosso tem 12 mil cadastros ambientais rurais validados em um mês

Com um mês vigente, o Cadastro Ambiental Rural (CAR...
PUBLICIDADE