quinta-feira, 25/abril/2024
PUBLICIDADE

Justiça bloqueia R$ 550 mil em contas de membros de facção que atuava em MT

PUBLICIDADE
Redação Só Notícias (foto: assessoria/arquivo)

O valor bloqueado em contas correntes de pessoas envolvidas na facção criminosa, investigada pela Polícia Judiciária Civil na operação Red Money somam cerca de R$ 550 mil. O dinheiro foi encontrado em 80 contas bancárias usadas para movimentar os valores ilícito adquirido com a prática de crimes diversos, pagamentos de mensalidades de faccionados, de traficantes e cobrança de taxas de segurança em comércios.

O dinheiro ficará em uma conta judicial para, posteriormente, ser revertido ao Estado, assim como outros bens (fazenda, veículos, casas e terreno) sequestrados durante a operação.

De acordo com a assessoria, nesta semana, a Polícia Civil sequestrou mais um caminhão que foi descoberto após os trabalhos da operação. Na somatória já são 59 veículos apreendidos, que estão avaliados em cerca de R$ 1,8 milhão.

A operação, realizada na última quarta-feira, contra membros do alto escalão da organização, presos na Penitenciária Central do Estado (PCE), e seus colaboradores, cumpriu 84 mandados de prisão e prendeu 17 pessoas em flagrante, totalizando 101 presos na ação policial que teve 94 mandados de prisão, 58 buscas e apreensão e 80 ordens de bloqueio de contas correntes, além de sequestro de veículos, joias, valores e imóveis urbanos e rurais.

Os trabalhos pós-operação seguem com a oitiva dos presos, análise da documentação apreendida e sequestro de outros bens descobertos após a ação policial.

Segundo a coordenação da operação, 60 envolvidos já foram interrogados para esclarecer vínculos com a facção criminosa, que constituiu, inclusive, uma empresa de Informática para promover a lavagem de dinheiro e movimentar os valores arrecadados com crimes.

Segundo os delegados, algumas pessoas ouvidas estão apontando quem davam as ordens para fazer a movimentação. Mas os líderes e suas mulheres, já interrogados, permaneceram calados.

Em análise financeira, a polícia descobriu que a empresa, em apenas 4 meses, movimentou cerca de R$ 800 mil. Porém, nenhuma das movimentações e pessoas identificadas tinha ligação com o objeto social da empresa, ao contrário das pessoas que realizaram transações com o estabelecimento. Pelo menos 180 possuía antecedentes criminais ou algum vínculo pessoal com criminosos e condenados pela Justiça, grande parte deles presos na Penitenciária Central do Estado.

Durante o ano passado, foram descobertas dezenas de envolvidos no esquema financeiro. Ao lado da empresa, outras contas bancárias foram identificadas e definido um “núcleo de liderança”, no que se refere à movimentação financeira da facção criminosa. No período de 1 ano e 6 meses, houve circulação de montantes entre R$ 5 milhões a R$ 800 mil, dependendo do CPF.

A partir disso, a Polícia Civil chegou ao líder da facção, com papel de comando na parte financeira, que utilizou-se, principalmente, da esposa para movimentação ilícita e aquisição patrimonial.

Conforme a investigação, no período de 1 ano e 6 meses, a mulher movimentou mais de R$ 5 milhões. Mesmo preso, o criminosos articulou por telefone a compra de um Toyota Corolla novo para sua mulher, demonstrando o enriquecimento e o luxo vivido pelas mulheres das lideranças da facção.

O criminoso, apelidado de Brasília, é tido como o principal responsável pelo financeiro da facção.

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE