A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra José Silvan de Melo, 41 anos, investigado pelo crime de tráfico internacional de drogas. Ele foi preso em Canarana (região Leste), no dia 5 do mês passado, com R$ 3,2 milhões escondidos na carroceria da caminhonete, que ele conduzia. O homem chegou a oferecer R$ 500 mil como propina para os policiais para ser liberado.
“Cite-se o acusado para, no prazo de dez dias, responder por escrito à acusação, nos termos do artigo 396 caput do Código de Processo Penal, com a redação dada pela lei n.º 11.719/08”, diz trecho da decisão publicada, hoje, pelo o juiz da Segunda Vara Criminal de Canarana, Anderson Gomes Junqueira.
No mês passado, a Justiça determinou o sequestro de R$ 37,5 milhões em bens dele, entre glebas de terra e veículos, provenientes do crime organizado. O que pesou na fundamentação da decisão foi o fato dele nunca ter declarado bens à Receita Federal e ter ficado demonstrado nos autos que tais bens foram adquiridos recentemente, inclusive por meio de contratos que tinham a assinatura do suspeito, com firma reconhecida em cartório.
Na análise de documentação juntada aos autos pela polícia, ficou demonstrado que ele fez com terceiros dois compromissos de compra e venda de imóveis rurais, referentes a várias propriedades, “sendo que o montante total da negociata suplanta o patamar de R$ 30 milhões”.
