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Júri de ex-bicheiro é adiado há cinco anos em MT

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Há 5 anos, João Arcanjo Ribeiro consegue adiar a decisão de enfrentar o júri popular. Em dezembro de 2006, o "Comendador" recebeu a primeira sentença de pronúncia, determinando que sentasse no banco dos réus. A decisão é referente ao processo em que é acusado de ser o mandante do assassinato do empresário Domingos Sávio Brandão de Lima Junior, em setembro de 2002. O fato é que mesmo após a decisão da Justiça, nada aconteceu, e Ribeiro vem protelando o júri popular com inúmeros recursos.

Atualmente, o processo referente à morte de Sávio Brandão tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A última atualização no caso, feita em agosto deste ano, determinou o julgamento imediato. Porém, para que Arcanjo enfrente os jurados é preciso que o autos retornem
a Mato Grosso.

Conhecido nacionalmente por comandar o esquema de jogo do bicho em Mato Grosso, Arcanjo carrega em seu currículo criminal também acusações de ser o mandante do assassinato de outros 3 empresários, 3 adolescentes e 1 sargento da Polícia Militar. Para todos estes casos, os julgamentos também já foram pronunciados entre os anos de 2007 e 2010, mas até hoje nenhum aconteceu.

Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso, Cláudio Stábile, a demora em ocorrer os julgamentos não se deve apenas aos recursos ingressados, mas, principalmente, pela falta de gestão do Poder Judiciário. Segundo ele, a situação não é exclusiva de Mato Grosso. "Temos um número intenso de processos que ainda não foram julgados devido à morosidade da própria Justiça. Isso já se tornou regra. Não são apenas os processos referentes ao Arcanjo que estão esperando julgamento, muitos outros também. Acredito que para melhorar o Judiciário é preciso que haja gestão, melhor administração e empenho".

Segundo ele, o número de processos existentes também é um dos pontos que afeta a morosidade judicial. "Com o advento da democracia, a população passou a buscar ainda mais os seus direitos, isso fez com que a demanda aumentasse". Atualmente, em Mato Grosso, tramitam 930,4 mil processos, distribuídos em 232 varas.

Outro lado
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Corregedoria do TJ mas até, o fechamento desta edição, não houve retorno. No início desta semana, o presidente do TJ, desembargador Rubens de Oliveira lançou o projeto Processo Judicial Eletrônico (PJe) e declarou que o novo sistema auxiliará a Justiça a ser mais célere. Afirmou que a implantação do PJe é uma das metas prioritárias e está amarrada às orientações do Conselho Nacional de Justiça. O advogado de Arcanjo, Zaid Arbid, também foi procurado, mas não houve retorno.

 

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