A juíza Paula Saide Biagi Mensen Mussi Casagrande ouvirá, hoje de manhã, as testemunhas do atentado contra o juiz da 5ª Vara Criminal de Cuiabá, César Bassan, que foi baleado em Sinop, no mês de janeiro. A juíza assumiu o processo no último dia 08, após após o juiz João Manoel Guerra ter deixado o caso, por decisão do Tribunal de Justiça, devido sua amizade com Bassan. O pedido foi feito pela defesa dos réus.
Todas as testemunhas já tinham sido ouvidas pelo magistrado, mas os depoimentos foram anulados. A audiência deve começar às 08:30 horas, no fórum de Sinop. Os três acusados do atentado, o gerente Sérgio Muller, e os cobradores Fábio Tavares Rubim de Toledo e Cleiton Lopes dos Santos, já estão presos há quase quatro meses no presídio Ferrugem, em Sinop. Os advogados de defesa dos envolvidos já protocolaram o pedido de hábeas corpus, no Supremo Tribunal de Justiça.
O advogado Celso Lins disse que “existe excesso de prazo para encerrar os depoimentos das testemunhas, bem como, não subsistem mais motivos para manterem os mesmos presos”. Sérgio Muller, que confessou ter atirado contra o juiz no dia em que se entregou à polícia, já teve um pedido negado. O advogado Luis Geraldo Gomes dos Santos informou que ingressou ontem, no fórum de Sinop, um pedido de revogação da prisão preventiva.
Sérgio, Fábio e Cleiton estavam juntos no dia do atentado. Eles teriam se desentendido com o magistrado após saírem de uma lanchonete, na praça Plínio Callegaro. Bassan estava em sua caminhonete S-10 e foi perseguido pelos envolvidos, em outra caminhonete. Sérgio, que dirigia o veículo, teria efetuado os disparos contra a caminhonete de Bassan. Um dos tiros atingiu a coluna do magistrado, que perdeu o movimento das pernas.
O crime foi reconstituído e Bassan também foi ouvido em Cuiabá.